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Guerra civil finlandesa |
Parte do(a) Primeira Guerra Mundial e Revolução Russa |
Parada de Jägers finlandeses em Vaasa, após retorno da Alemanha. |
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Intervenientes |
Guarda Branca Império Alemão Voluntários suecos |
Guarda Vermelha União Soviética |
Principais líderes |
C. G. E. Mannerheim Ernst Linder Ernst Löfström Martin Wetzer Karl Wilkman |
Ali Aaltonen Eero Haapalainen Eino Rahja Adolf Taimi Kullervo Manner Hugo Salmela |
Forças |
80.000–90.000 finlandeses, 550 voluntários suecos, 13.000 alemães[1] |
80.000–90.000 finlandeses, 4.000–10.000 russos[1] |
Vítimas |
Brancos: 3.414 mortos em ação, 1.400–1.650 executados, 46 desaparecidos, 4 mortos em campos de prisioneiros Alemães: 450-500 mortos em ação[2] |
Vermelhos: 5.199 mortos em ação, 7.000–10.000 executados, 2.000 desaparecidos, 11.000–13.500 mortos em campos de prisioneiros Russos: 700-900 mortos em ação 1.500 executados[2] |
A Guerra Civil Finlandesa fez parte de um tumulto nacional e social causado pela Primeira Guerra Mundial (1914-1918) na Europa. A guerra foi travada na Finlndia de 27 de janeiro de 1918 a 15 de maio de 1918, entre as forças dos social-democratas chamados "Vermelhos" (punaiset), apoiadas pela União Soviética, e as forças do senado conservador não-socialista, comumente chamado de "Brancos" (valkoiset), apoiados militarmente pelo Império Alemão e voluntários da Suécia.
A derrota na Primeira Guerra Mundial e as revoluções de Fevereiro e Outubro em 1917 gerou um colapso total do Império Russo, e a destruição na Rússia resultou em uma destruição correspondente da sociedade finlandesa durante 1917. Os social-democratas na esquerda e os conservadores na direita competiram pela liderança do estado finlandês, que mudou da esquerda para a direita em 1917. Ambos os grupos colaboraram com as forças políticas correspondentes na Rússia, aprofundando a divisão no país.[3]
Como não havia polícia e forças armadas popularmente aceitas para manter a ordem na Finlndia após março de 1917, a esquerda e a direita começaram a criar grupos próprios de segurança, levando a emergência de duas tropas militares armadas independentes, as Guardas Branca e Vermelha. Uma atmosfera de violência política e medo se instaurou entre os finlandeses. O combate começou durante janeiro de 1918 devido aos atos de ambos Vermelhos e Brancos em uma espiral de escalada militar e política. Os Brancos saíram vitoriosos da guerra e a maior consequência da crise de 1917–18 e Guerra Civil é a passagem da Finlndia do controle russo para a esfera de influência alemã. O senado conservador tentou estabelecer uma monarquia finlandesa regida por um rei alemão, mas com a situação da Alemanha após o fim da Primeira Guerra Mundial, a Finlndia emergiu como uma república independente.[4]
A guerra civil permanece como o evento mais controverso e com maior peso emocional na história da Finlndia moderna, inclusive tendo havido disputas sobre como o conflito deve ser chamado.[5] Aproximadamente 37.000 pessoas morreram durante o conflito, incluindo baixas nas frentes de guerra e mortes pelas campanhas políticas de terror e altas taxas de mortalidade em campos de prisioneiros. O tumulto destruiu a economia, dividiu o aparato político e a nação finlandesa durante muitos anos. O país foi lentamente reunido através de concessões dos grupos políticos moderados de esquerda e direita.[6]