Anarquismo ilegalista e Niilismo
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Tendo suas bases na filosofia anarcoindividualista em um contexto de grande perseguição e violência por parte dos estados nacionais para com os libertários o anarco-ilegalismo ganhou força no final do século XIX na forma de ciclos de retaliação, vingança, sabotagem e assassinatos orquestrados entre estadistas (reis, generais e presidentes) e os ilegalistas, minoritários entre os libertários, em sua maioria adeptos da chamada propaganda pelo Ato.
Acreditavam os ilegalistas que através de atos de violência e assassínios de figuras chave do capitalismo seria possível alcançar um momento revolucionário onde o estado e a dominação capitalista seriam abolidos. Sua forma mais radical surgiu na Rússia onde na luta contra o estado e diante de um alto grau de repressão, diversos revolucionários em sua guerra contra o poder consideravam que os poderes do estado deveriam ser derrubados fosse qual fosse o custo. Este movimento ficou conhecido como Niilismo e teve entre suas principais figuras o revolucionário Sergey Nechayev.
Tais ações na medida em que serviam de base para propaganda antianarquista bem como justificativa para amplas perseguições a grupos libertários sem qualquer envolvimento, foram amplamente refutadas por muitos outros anarquistas que as consideravam ineficientes, nocivas e contra produtivas.
A despeito dos anarcoilegalistas e niilistas serem muito poucos se comparados às demais vertentes, fundamentados em seus atos os propagandistas do anti-anarquismo trabalharam durante muito tempo com o intuito de associar o anarquismo as imagens da bomba, do punhal, assim como ao caos. Como em muitos casos, mais tarde outros grupos anarquistas adotariam tais imagens como seus próprios símbolos.