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FILOSOFIA: Sobre os liberais
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De: NATY-NATY  (Mensagem original) Enviado: 16/11/2009 21:10
Sobre os liberais
Henry David Thoreau

Os liberais foram frequentemente rotulados de "anarquistas" por monarquistas, mesmo quando não defendiam a abolição da hierarquia. Ainda assim, eles promoveram ideais limitados de igualdade, através da defesa de direitos individuais, e da responsabilidade dos povos de julgar seus governantes, providenciando uma base para o desenvolvimento do pensamento anarquista. Desenvolvida com base nos preceitos liberais a sociedade política estadunidense possui diversos pensadores cuja obra é considerada tanto pelos liberais quanto pelos anarquistas, é o caso de Henry David Thoreau e sua obra Desobediência civil. Como ele, outros liberais clássicos considerados radicais entre seus pares acabaram por ser associados com a tradição do socialismo libertário.

Anarcocapitalismo surgiria bem mais tarde quando grupos de liberais defendendo ideologias de livre-mercado ao ponto de negarem a necessidade do estado, aspecto no qual se assemelharam ao anarquismo. Outros anarquistas argumentam que o capitalismo é um sistema hierárquico que viola os princípios de não-hierarquia da filosofia anarquista. Anarcocapitalistas e anarquistas (anticapitalistas) geralmente concordam que o anarcocapitalismo é parte da tradição liberal clássica da escola libertariana de pensamento ao invés de estar afiliado ao anarquismo "clássico".

[editar] Século XX

Por todo o século XX, os anarquistas atuaram politicamente junto aos movimentos operário, camponês e feminista. Muitos libertários também dedicaram suas vidas à luta contra o autoritarismo, o racismo e o fascismo. A influência destas lutas sobre algumas vertentes anarquista é notável.

Os anarquistas assumiram importantes papéis em diversas revoltas e revoluções no final do século XIX e início do século XX, como o levante do exército negro na Ucrnia, também conhecido como movimento makhnovista contra as forças sovietes que chegaram ao poder com a Revolução Russa em 1917.

No Brasil e na América do Sul junto com as levas de imigrantes vindos da Europa desde a segunda metade do século XIX, o Anarquismo se fez conhecer, inicialmente através de diversas publicações nas principais cidades. Logo floresceram centenas de sindicatos anarquistas, centros culturais e escolas libertárias, a maioria delas de orientação anarco-sindicalista. Pelo menos duas greves gerais ocorreram na década de 1910 e esta mesma década terminaria com uma insurreição anarquista no ano de 1919 paralisando a capital do país.

Neste contexto no Brasil destacam-se as atuações de diversos ativistas entre eles Edgard Leuenroth, Djalma Fettermann, Domingos Passos, José Oiticica, Maria Lacerda de Moura, Neno Vasco Oreste Ristori, Gigi Damiani, Zenon de Almeida, Fábio Luz, Florentino de Carvalho, Avelino Fóscolo entre outros.

Nos Estados Unidos, muitos dos imigrantes vindos da Europa no início deste século também eram anarquistas. Grupos de libertários italianos se organizariam em diversas atividades, algumas delas de cunho ilegalista na luta por melhores condições de trabalho e contra a miséria a que estavam submetidos. Notável também foi a atuação dos anarquistas judeus vindos da Rússia e Europa Oriental desde a segunda metade do século XIX. Estes fundaram diversos jornais que circulavam por redes internacionais de informação e solidariedade.

Também no contexto estadunidense do início do século XIX foi especialmente marcante os episódios referentes ao julgamento e condenação de Sacco e Vanzetti que por todo mundo mobilizaram milhares de trabalhadores a tomarem as ruas em solidariedade e exigindo justiça. Muitos sindicatos e organizações operárias norte-americanas de orientação anarco-sindicalista desempenharam um papel importante na formação do espectro político daquele país. Entre eles destacam-se a atuação histórica dos ativistas da Industrial Workers of the World.

Merecem destaque no contexto estadunidense a atuação de Alexander Berkman, Emma Goldman, Johann Most, Kate Austin, Lucy Parsons, Luigi Galleani, Voltairine de Cleyre, Rudolf Rocker entre muitos outros.

Na Europa, no primeiro quarto do século XX, os movimentos anarquistas alcançaram êxitos relativos, ainda que breve, e acabaram por ser violentamente reprimidos. No entanto, nas décadas de 1920 e 1930, o conflito entre o anarquismo e o estado foi em grande medida eclipsado pelo conflito entre o capitalismo e o comunismo - entre suas vertentes o Liberalismo, o Fascismo, e o Stalinismo - que terminou com a derrota do Fascismo Europeu na Segunda Guerra Mundial. Durante a Guerra Civil Espanhola - que muitos consideram um preludio da Segunda Guerra - um amplo movimento anarquista popular organizado em milícias e organizações operárias se estabeleceu na Catalunha em 1936 e 1937 e coletivizou a terra e a indústria. Com o tempo e o crescimento dos aparatos de controle stalinistas na República, os anarquistas foram primeiro colocados de lado para depois serem esmagados. A ação stalinista beneficiaria a chegada ao poder do regime franquista de orientação fascista, do qual os stalinista oficialmente fizeram oposição.

Ao fim da Segunda Grande Guerra, a Europa estava dividida entre a região capitalista sob a influência do liberalismo estadunidense, e a região comunista sob o controle da União Soviética, estabelecendo as bases geográficas para a dicotomia política entre o comunismo e o capitalismo que se espalharia pelo globo na forma de golpes, insurreições, invasões e guerrilhas. No entanto, a influência filosófica do anarquismo permaneceria latente até ressurgir na década de 1960.

Um ressurgimento do interesse popular no anarquismo se deu durante as décadas de 1960 e 1970. No Reino Unido ele esteve associado com o movimento Punk; a banda Crass é celebrada por suas ideias pacifistas e anarquistas. Na Dinamarca, a Cidade Livre de Christiania é fundada no subúrbio de Copenhagen. A crise de emprego e habitação na maior parte do leste europeu leva a formação do movimento de comunas e okupas que permanece vigoroso em diversas partes da Europa, principalmente na Espanha e Alemanha.

Em 1980 novas vertentes do anarquismo ganham corpo nas reflexões e práticas de grupos libertários que se distanciam do anarquismo clássico. De um lado o ecologismo radical, rejeição da tecnologia moderna, e a crítica à civilização tornam-se as bases do Anarcoprimitivismo defendido nas reflexões de teóricos como John Zerzan e nas práticas de ativistas como Theodore Kaczynski (o Unabomber).



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