Período colonial
Em meados do século XIX, a sociedade cubana era altamente estratificada, dividida em uma elite de crioulos espanhóis proprietários de plantações de tabaco, açúcar e café, uma classe média de trabalhadores das plantações, negros e espanhóis, e uma classe baixa de escravos negros. Os escalões mais altos da sociedade estavam também profundamente divididos entre os crioulos e os espanhóis peninsulares, sendo os espanhóis altamente beneficiados pelo regime colonial. Cuba era uma colônia espanhola, apesar da existência de movimentos pela independência, ou ainda de movimentos pela integração aos Estados Unidos ou de integração não-colonial à Espanha. As raízes do anarquismo remontam à 1857, quando foi fundada uma sociedade mutualista proudhoniana. Após tomar conhecimento da idéias de Pierre-Joseph Proudhon através de José de Jesús Márquez, Saturnino Martínez (um asturiano emigrado em Cuba) fundou o jornal La Aurora, em 1865. Dirigido aos trabalhadores tabaqueiros, continha as primeiras incitações à formação de sociedades cooperativas em Cuba. Durante a Guerra dos Dez Anos, entre os insurgentes contra a Espanha incluíam-se expatriados procedentes da Comuna de Paris, e outros influenciados por Proudhon, incluindo Salvador Cisneros Betancourt e Vicente García