[editar] Expansão dos fundos ocenicos
Alternncia de polaridade magnética nos fundos ocenicos.
A descoberta da alternncia de polaridade magnética das rochas dos fundos marinhos e da sua simetria relativamente às cristas meso-ocenicas sugeria uma relação. Em 1961, os cientistas começaram a teorizar que as cristas meso-ocenicas corresponderiam a zonas estruturalmente débeis onde o fundo ocenico estava a ser rasgado em dois segundo o comprimento ao longo da crista. O magma fresco proveniente das profundezas do interior da Terra sobe facilmente através destas zonas de fraqueza e eventualmente flui ao longo das cristas criando nova crusta ocenica. Este processo, mais tarde designado por expansão dos fundos ocenicos, em funcionamento há muitos milhões de anos é o responsável pela criação dum sistema de dorsais ocenicas com uma extensão próxima de 50 000 km. Esta hipótese era apoiada por vários tipos de observações:
- nas cristas ou nas suas proximidades, as rochas são muito jovens, tornando-se mais antigas à medida que nos afastamos delas;
- as rochas mais jovens presentes nas cristas apresentam sempre a polaridade actual (normal);
- faixas de rocha paralelas às cristas com alternncia de polaridade magnética (normal-inversa-normal…) sugerem que o campo magnético da Terra tem sofrido muitas inversões ao longo do tempo.
Ao explicar quer o padrão de alternncia de polaridade das rochas, quer ainda a construção do sistema de dorsais meso-ocenicas, a hipótese da expansão dos fundos ocenicos ganhou adeptos e representou mais um grande avanço no desenvolvimento da teoria da tectónica de placas. Mais ainda, a crusta ocenica passou a ser vista como um registo magnético natural da história das inversões do campo magnético terrestre.