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FILOSOFIA: M. S. Lourenço
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De: NATY-NATY (Mensaje original) |
Enviado: 27/12/2009 17:50 |
M. S. Lourenço
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
M. S. Lourenço (n. Sintra, 13 de Maio de 1936 - m. Lisboa, 1 de Agosto de 2009) foi um filósofo, tradutor e escritor português, e professor catedrático jubilado de Lógica e Filosofia da Matemática no Departamento de Filosofia da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.
Manuel António dos Santos Lourenço licenciou-se, em 1963, com a tese A filosofia da matemática de Ludwig Wittgenstein. Entre 1965 e 1968 foi bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian. Fez os seus estudos pós-graduados em Oxford (Master of Arts) sob a orientação de Michael Dummett, durante a qual preparou a antologia O teorema de Gödel e a hipótese do contínuo (F. C. Gulbenkian, 1979) e uma tradução portuguesa das duas obras clássicas de Ludwig Wittgenstein, Tratado lógico-filosófico e Investigações filosóficas (F. C. Gulbenkian, 1987). Em 1980, doutorou-se na Universidade de Lisboa (em Letras) com a dissertação Espontaneidade da razão: A analítica conceptual da refutação do empirismo na filosofia de Wittgenstein (editada em 1986 pela Imprensa Nacional-Casa da Moeda). Ocupou um cargo de Leitor de português nas Universidades de Oxford (1968-1971) e da Califórnia (Santa Bárbara, EUA; 1972-1975), leccionando depois (1976-1980) na Universidade do Estado de Indiana (EUA) e mais tarde (1983-1984) na Universidade de Innsbruck (Áustria). Foi ainda Fellow (1979-1980) no National Humanities Center(Chapel Hill, EUA). Entre 1999 e 2004 presidiu à Sociedade Portuguesa de Filosofia. A sua actividade de ensino foi quase exclusivamente preenchida com a divulgação da Filosofia da Matemática e da Lógica. M. S. Lourenço foi, do seu casamento com Manuela Lourenço (1937-1998), pai da bailarina Catarina Lourenço (1965-) e do helenista, ensaísta e professor universitário Frederico Lourenço (1963-); e, do casamento com Sylvia Wallinger (1948-), pai de Leonora Wallinger Lourenço (1981-2001). Foi ainda detentor das seguintes Ordens: Grã-Cruz da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada e Cruz de Honra de I Classe da República da Áustria.
Após uma luta prolongada contra o cancro, Manuel S. Lourenço faleceu no dia 1 de Agosto de 2009, na companhia dos familiares mais próximos.
[editar] Literatura
- O desequilibrista, 1960.
- O doge, 1962.[1]
- Ode a Upsala ou Aria detta la Frescobalda, 1964.
- Arte combinatória, 1971.
- Wytham Abbey, 1974.
- O homem como planta no Auto da Alma de Gil Vicente, 1977.
- Pássaro paradípsico, 1979.[2]
- O doge, 1998, edição revista e aumentada.
- Nada brahma, 1991.
- Os degraus de Parnaso, 1991 (1.ª edição). Obra com a qual ganhou o Prémio D. Dinis da Casa de Mateus, em 1991.
- Os degraus de Parnaso, 2002 (2.ª edição integral).
- O caminho dos Pisões, 2009. A obra poético-literária reunida de M.S. Lourenço (preparada ainda em vida do autor) foi editada por João Dionísio para a Assírio & Alvim. Esta obra foi lançada no dia 28 de Outubro às 18h30, na sala 5.2 da Faculdade de Letras (UL); participantes: Fernando Martinho, Miguel Tamen e João Dionísio.
- Jean Guitton, O trabalho intelectual, 1959. [3]
- Romano Guardini, O fim dos tempos modernos, 1964.
- James Joyce, Finnegans wake, I, 3, 1968. [4]
- William & Martha Kneale, O desenvolvimento da lógica, 1972.
- Kurt Gödel, O teorema de Gödel e a hipótese do contínuo, 1.ª edição, 1979.
- Ludwig Wittgenstein, Tratado lógico-filosófico, Investigações filosóficas, 1987.
-
Kurt Gödel, O teorema de Gödel e a hipótese do contínuo, 2.ª edição, revista e aumentada, 2009. Índice da nova edição;Livraria F.C. Gulbenkian.
- Espontaneidade da razão: a analítica conceptual da refutação do empirismo na filosofia de Wittgenstein, 1986.
- Teoria clássica da dedução, 1991.
- A cultura da subtileza: aspectos da filosofia analítica, 1995.
- Estruturas lógicas de primeira ordem, 2003.
- Os elementos do programa de Hilbert, 2004.
- Acordar para a lógica matemática, 2006.[5].
- Fundamentos da matemática, 2008-2009; 13 artigos publicados sob o pseudónimo 'gribskoff' na enciclopédia online de matemática PlanetMath (aqui).
Notas
- ↑ O livro está assinado por 'Arquiduque Alexis-Christian Von Rätselhaft Gribskov' (tradução de M.S. Lourenço).
- ↑ O poema foi ilustrado por Mário Cesariny.
- ↑ Co-traduzido com Raúl de Carvalho.
- ↑ A tradução parcial (a primeira página) de Finnegans wake foi publicada na revista O tempo e o modo, nº 57/58, pp. 243-244. M.S. Lourenço aborda dois problemas acerca da tradução de Finnegans Wake: "Finnegans Wake em Português", 1969; in Colóquio/Letras, nr. 23, Jan. 1975 (aqui).
- ↑ O livro contém uma bibliografia comentada pelo autor, "Os meus clássicos".
[editar] Ligações Externas
[editar] Obituários
- Morreu o poeta e filósofo M.S. Lourenço, Assírio & Alvim, 3 Agosto, 2009.
- Morreu o poeta e filósofo M.S. Lourenço, Público, 2 Agosto, 2009.
- Cutileiro, José. In Memoriam: M.S. Lourenço (1936-2009), Expresso, 19 Agosto, 2009.
- Murcho, Desidério. Recordar M.S. Lourenço, Crítica, 2 Agosto, 2009.
- Viegas, Francisco José. M.S. Lourenço (1936-2009), A origem das espécies, 2 Agosto, 2009.
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