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GEOGRAFIA: Império Britânico
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De: NATY-NATY  (Mensaje original) Enviado: 27/12/2009 18:19

Império Britnico

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Mapa dos territórios que em algum momento fizeram parte do Império Britnico. Os territórios britnicos ultramarinos (excluindo o Território Antárctico Britnico) estão sublinhados a vermelho. Em 1920 ele tornou-se o maior império da história.
O Império colonial britnico a cor-de-rosa, cor tradicional para as delineações em mapas das possessões imperialistas britnicas.
Mapa anacrónico dos territórios Britnicos e, anterior ao Tratado de União de 1707, das possessões Inglesas.

O Império Britnico foi o conjunto das colónias que os exploradores ao serviço dos reis da Grã-Bretanha foram ocupando em praticamente todo o mundo, a partir do século XVI. Em 1921, com a assinatura do Tratado de Versalhes, que terminou oficialmente a Primeira Guerra Mundial, o Reino Unido obteve o mandato de administrar algumas das antigas colónias alemãs, chegando desse modo a estender o seu domínio a uma área de cerca de 36 milhões de km² e uma população de cerca de 500 milhões de pessoas, na América do Norte (o Canadá), na África (praticamente toda a África oriental e parte da ocidental), na Ásia (parte do Médio Oriente e do subcontinente indiano) e ainda a Austrália e partes da Oceania.

Índice

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[editar] Colônias Britnicas

Ex-colônias

[editar] História da colonização britnica

Os ingleses lançaram-se à conquista do mundo durante o reinado de Henrique VIII (1509-1547), que promoveu a indústria naval, como forma de expandir o comércio para além das Ilhas Britnicas. Mas as primeiras colónias britnicas só foram fundadas durante o reinado de Isabel I, quando Sir Francis Drake circumnavegou o globo nos anos 1577 a 1580 (Fernão de Magalhães já a tinha realizado em 1522). Em 1579, Drake chegou à Califórnia e proclamou aquela região “colónia da Coroa”, chamando-lhe “Nova Albion” ("Nova Inglaterra"), mas não promoveu a sua ocupação. Humphrey Gilbert chegou à Terra Nova em 1583 e declarou-a colónia inglesa, enquanto Sir Walter Raleigh organizou a colónia da Virginia em 1587, mas ambas estas colónias tiveram pouco tempo de vida e tiveram de ser abandonadas, por falta de comida e encontros hostis com as tribos indígenas do continente Americano.

Foi apenas no século seguinte, durante o reinado de Jaime I da Inglaterra, depois da derrota da Armada Invencível de Espanha, que foi assinado o Tratado de Londres, permitindo o estabelecimento da colónia da Virginia em 1607. Durante os três séculos seguintes, os ingleses expandiram o seu império a praticamente todo o mundo, incluindo grande parte de África, quase toda a América do Norte, a Índia e regiões vizinhas e várias ilhas ao redor do mundo.

Assim, em 1670 já existiam colónias inglesas estáveis na América do Norte (Nova Inglaterra, Virgínia, Carolina) e em Antígua, Barbados, Belize e Jamaica, bem como uma penetração comercial na Índia desde 1600, graças à Companhia das Índias Orientais. Funda desde 1660, em África, entrepostos de captação de escravos para as plantações americanas, apossando-se, no século seguinte em 1787, de inúmeros territórios entre o Rio Gmbia (encravado no Senegal francês) e a Nigéria, abarcando a famosa Costa do Ouro, o actual Gana. O século XVIII é, deste modo, o período de afirmação e maturação do projecto colonial britnico.

O seu único revés neste período, forte aliás, será a independência dos EUA, em 1776. Esta perda será compensada com o início da colonização da Austrália em 1783 e mais tarde da Nova Zelndia a partir de 1840, para onde envia inicialmente deportados.

A sua armada mantém-se superior às demais com a Batalha de Trafalgar em 1805, impondo uma vez mais uma pesada derrota a um adversário. O domínio de novas colónias é constante nesta altura - Malaca, desde 1795, Ceilão, Trindade e Tobago, em 1802, Malta, Santa Lúcia e Maurícia, em 1815, depois da derrota napoleónica e do seu bloqueio continental.

Singapura é fundada por Thomas Raffles em 1819. No Canadá regista-se o avanço para oeste, abrindo novas frentes de colonização, o mesmo sucedendo na Índia, com a exploração do interior do Decão e de Assam, Bengala, etc.

O século XIX marca o auge do Império Colonial Britnico, cuja expansão económica e humana é favorecida pelo desenvolvimento do capitalismo financeiro e industrial, bem como pela pressão demográfica elevada.

Por outro lado, marca uma nova administração e gestão da realidade colonial. Exemplo disso é o governo directo da Coroa na Índia. Aí, porém, despoletará a primeira grande revolta contra o domínio colonial britnico: a revolta dos sipais, em 1858, que ditará o fim da Companhia das Índias Orientais. Em 1877, a rainha Vitória - num gesto de coesão face às autonomias ou aspirações mais radicais - proclama-se imperatriz da Índia, que compreendia um extenso território entre a fronteira irano-paquistanesa e a Birmnia e entre o Oceano Índico e o Tibete. Na China, estabelecem-se em Xangai. Na África, alimenta-se cada vez mais o sonho de construir um império inglês entre o Cairo, no Egipto, e a Cidade do Cabo, na África do Sul, o que é conseguido depois da Conferência de Berlim (1884-1885), que legitima a anexação de todos os territórios ao longo desse corredor africano (Egipto, Sudão, Quénia, Rodésia, Transvaal, etc.). Neste último, entre 1899 e 1902, travará a primeira guerra do império, contra os bóers (descendentes de colonos holandeses estabelecidos desde o século XVII na África do Sul), que se tornarão autónomos em 1910 (União Sul-Africana).

Este conflito demonstra o desaparecimento gradual dos últimos obstáculos para a plena soberania das colónias desde o começo da segunda metade do século XIX. Nesse período, é dada autonomia às colónias de maioria de população europeia, como o Canadá, a Austrália, a Nova Zelndia e as regiões da África do Sul (Cabo, Orange, Natal e Transvaal), que ganham um estatuto de domínios (soberania quase total, mas leais à Coroa britnica), respectivamente, em 1867, 1901, 1907 e 1910. Aliás, já só dependiam da metrópole, até essa data, para assuntos externos e de defesa.

Estes domínios participarão ao lado da Inglaterra na Primeira Guerra Mundial, o que origina uma nova organização do império, cada vez mais diminuto devido à independência daqueles domínios de população maioritariamente europeia, embora associados à Inglaterra através da Commonwealth (Estatuto de Westminster, 1931). Irlanda, Canadá e África do Sul aceitam o Estatuto nessa data, fazendo-o mais tarde a Austrália em 1942 e a Nova Zelndia em 1947: perdem assim o vínculo ao Reino Unido, apesar de reconhecerem a soberania simbólica da Coroa britnica.

No resto do império - que o Egipto é a primeira colónia não-branca a abandonar -, de população basicamente autóctone, novas fórmulas de associação política e económica são adoptadas: na Índia, por exemplo, tenta-se aproximar a população da administração, embora com custos elevados. De facto, após a Segunda Guerra Mundial e com o despertar dos nacionalismos, Índia e Paquistão tornam-se independentes e a Irlanda passa a república.

As décadas seguintes serão o cenário histórico da desagregação do império, nomeadamente em África. Actualmente, depois da devolução de Hong Kong, em 1997, à China, o Império Colonial Britnico resume-se a Gibraltar, à Ilha de Man e às ilhas do Canal da Mancha, na Europa, o Território Britnico do Oceano Índico, Pitcairn e dependências no Pacífico, Ilhas Malvinas, Anguilla, Bermudas, Geórgia do Sul, as Ilhas Caimão, Turks e Caicos, Montserrat, Ilhas Virgens Britnicas e Santa Helena e dependências (Tristão da Cunha e Ascensão) no Atlntico.

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