Teoria Sóciocultural
De acordo com a abordagem sociocultural, a motivação para a prática do crime tem sua origem em factores que são independentes da vontade do indivíduo. Uma das explicações clássicas é a apresentada por Robert Merton (1958). De acordo com ele, o crime, especialmente o crime contra o património, é consequência de uma contradição entre os objectivos relacionados com a influencia que a sociedade incute aos indivíduos em geral e as hipóteses reais, para alguns indivíduos em particular, de realização desses objectivos pelas vias consideradas legitimas. Por outras palavras, as pessoas mais obres, com poucos anos de escola e com dificuldades de encontrar um emprego com boa remuneração, teriam poucas oportunidades de corresponder às expectativas de consumo e de demonstração de “status” social elevado definidas pela sociedade. A “pressão social”, gerada pela expectativa social de afluência, faria com que os indivíduos procurassem, independentemente uma decisão deliberada, os objectivos culturalmente estabelecidos pelas vias ilegítimas do crime e da fraude. Temos que notar que a motivação para o comportamento criminoso tem a origem em factores sociais e não na decisão individual. Outra vertente da abordagem sociocultural é apresentada por Walter Miller, para quem em certos ambientes sociais, podem se desenvolver subculturas no interior das quais ocorre uma transformação dos valores que motivam a acção individual. Em certas “subculturas de classe baixa”, a demonstração de agressividade e a disposição para a violência podem aparecer como traços de conduta desejáveis. Os indivíduos, especialmente adolescentes e jovens, no intuito de ingressar em certos grupos, podem adequar o seu comportamento às expectativas estabelecidas (relacionadas à agressividade e à violência) pelas subculturas. A prática de crimes não seria, na verdade, o objectivo principal dos adolescentes e jovens, mas apenas um efeito colateral do seu esforço de integração em certos grupos ou gangs.
No entanto, as abordagens socioculturais não explicam o porquê de nem todos os indivíduos submetidos às mesmas forças sociais tornam-se motivados para a prática do crime. Para considerar esse aspecto, é necessário admitir que os indivíduos são diferentes uns dos outros e que processam de diferentes formas as influencias do meio social onde vivem. A partir das influências recebidas, cada indivíduo escolhe entre as alternativas disponíveis.
Teoria Sóciocultural
De acordo com a abordagem sociocultural, a motivação para a prática do crime tem sua origem em factores que são independentes da vontade do indivíduo. Uma das explicações clássicas é a apresentada por Robert Merton (1958). De acordo com ele, o crime, especialmente o crime contra o património, é consequência de uma contradição entre os objectivos relacionados com a influencia que a sociedade incute aos indivíduos em geral e as hipóteses reais, para alguns indivíduos em particular, de realização desses objectivos pelas vias consideradas legitimas. Por outras palavras, as pessoas mais obres, com poucos anos de escola e com dificuldades de encontrar um emprego com boa remuneração, teriam poucas oportunidades de corresponder às expectativas de consumo e de demonstração de “status” social elevado definidas pela sociedade. A “pressão social”, gerada pela expectativa social de afluência, faria com que os indivíduos procurassem, independentemente uma decisão deliberada, os objectivos culturalmente estabelecidos pelas vias ilegítimas do crime e da fraude. Temos que notar que a motivação para o comportamento criminoso tem a origem em factores sociais e não na decisão individual. Outra vertente da abordagem sociocultural é apresentada por Walter Miller, para quem em certos ambientes sociais, podem se desenvolver subculturas no interior das quais ocorre uma transformação dos valores que motivam a acção individual. Em certas “subculturas de classe baixa”, a demonstração de agressividade e a disposição para a violência podem aparecer como traços de conduta desejáveis. Os indivíduos, especialmente adolescentes e jovens, no intuito de ingressar em certos grupos, podem adequar o seu comportamento às expectativas estabelecidas (relacionadas à agressividade e à violência) pelas subculturas. A prática de crimes não seria, na verdade, o objectivo principal dos adolescentes e jovens, mas apenas um efeito colateral do seu esforço de integração em certos grupos ou gangs.
No entanto, as abordagens socioculturais não explicam o porquê de nem todos os indivíduos submetidos às mesmas forças sociais tornam-se motivados para a prática do crime. Para considerar esse aspecto, é necessário admitir que os indivíduos são diferentes uns dos outros e que processam de diferentes formas as influencias do meio social onde vivem. A partir das influências recebidas, cada indivíduo escolhe entre as alternativas disponíveis.