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PSICOLOGIA: Quais os grupos mais vulneráveis á solidão?
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De: NATY-NATY (Mensaje original) |
Enviado: 08/01/2010 17:50 |
Quais os grupos mais vulneráveis á solidão?
De facto, há certos grupos de pessoas que são mais vulneráveis à solidão que outras. Procurei saber as características demográficas identificáveis com a idade, o sexo, o estado civil e outras características.
Idade

Existe na nossa cultura o estereótipo de que as pessoas idosas são pessoas solitárias. As pessoas jovens e as pessoas idosas concordam em que são as idosas as que mais se sentem sós. Este estereótipo não se confirma, todavia, quando as pessoas revelam a sua própria experiência de solidão. A tendência geral que se encontra é para a solidão diminuir com a idade, obtendo as pessoas mais idosas pontuações mais baixas de solidão. Rubenstein, Shaver e Peplau (1979) encontraram as pontuações mais elevadas na solidão na faixa etária dos 18-25 anos e mais baixa após os 70 anos. Parlee (1979) encontrou que 79% dos sujeitos com menos de 18 anos diziam sentir-se sós algumas vezes ou muitas vezes comparados com 53% dos 45 aos 54 anos e 37% das pessoas com mais de 54 anos.
Muito embora a associação entre a juventude e a solidão faça com que o estereótipo de que as pessoas idosas sejam as que mais sofrem da solidão, as razões da sua diminuição ao longo do ciclo vital ainda não estão bem compreendidas. Em parte pode acontecer que os jovens queiram falar mais dos seus sentimentos e conhecimento da solidão que as pessoas idosas. Também é verdade que os jovens encontram muitas transições sociais, tais como deixar a casa dos pais e viver na sua própria casa, entrando na faculdade, obtenção de um primeiro emprego, todas elas podendo causar a solidão. à medida que as pessoas vão avançado na idade, as suas vidas sociais podem se tornar estáveis. A idade pode também acarretar maiores habilidades sociais e expectativas mais realistas acerca das relações sociais.
Sexo
Na adaptação feita para a população portuguesa da escala de solidão de UCLA (Universidade da Califórnia em Los Angeles) não se encontram diferenças nas pontuações de solidão segundo sexos, o que pode parecer um resultado paradoxal. è frequentemente assumido que as mulheres, em comparação com os homens, são mais emotivas e apresentam maiores taxas de certas doenças mentais. Seria de esperar, tendo em conta a tendência geral para reacções emocionais negativas serem mais usuais nas mulheres, que estas sentissem mais frequentemente a solidão que os homens. Contudo, os estudos efectuados sobre a solidão não são concludentes sobre as diferenças sexuais na solidão. Por um lado, no estudo de validação da Escala se Solidão da UCLA os autores não encontram diferenças segundo o sexo. Por outro lado, Weiss (1973) assinala, através do recurso ao inquérito, que as mulheres estão mais inclinadas a sentir-se sós do que os homens. Esta diferença de resultados pode provavelmente ser atribuída à medida utilizada. Globalmente os estudos que utilizam a escala da UCLA, e foi no caso, não acharam diferenças. Esta escala não questiona directamente os sujeitos sobre se sentem sós, mas procuram avaliar a solidão indirectamente. A natureza indirecta desta escala permite que os homens expressam muito presumivelmente a sua solidão subjacente de modo mais livre que os estudos de inquérito em que se recorre a questões directas. Quando se recorre à avaliação directa, como é o caso das alegações em inquéritos, diferenças segundo o sexo tendem a emergir, as mulheres assinalando mais frequentemente a solidão do que os homens. Entre as explicações possíveis para os homens auto-censurarem a expressão da solidão põe-se invocar a influência social. A reticência dos homens em assinalarem a solidão esta em consonncia com os estereótipos sexuais. Segundo estes estereótipos não se espera que os homens exprimam as suas “fraquezas” emocionais.
Estado civil
As pessoas que não estão casadas sofrem mais da solidão que as casadas. Todavia, num estudo, quando se subdividia o grupo das pessoas não casadas, a solidão era maior nas pessoas viúvas e divorciadas que nas solteiras. Os valores destas não diferem das pessoas casadas. A solidão parece, pois, ser determinada pela perca de uma relação conjugal que pela sua ausência.
Outras características
A solidão é mais habitual entre as pessoas pobres que entre as ricas. Boas relações podem manter-se mais facilmente quando as pessoas têm tempo e dinheiro para actividades de lazer. Contudo em Portugal não se encontram diferenças na solidão entre jovens de níveis sócio-culturais dissemelhantes. No inquérito de Rubenstein e Shaver não aparecem diferenças na solidão entre pessoas que residem em zonas rurais e as que residem em zonas urbanas. Além disso as pessoas que mudaram de residência um certo numero de vezes não manifestaram solidão do que aquelas que só mudaram raramente. No entanto, Rubenstein e Shaver descobriram que as pessoas cujos pais eram divorciados sentiam-se mais solitárias que as pessoas cujos pais não tinham divorciado. Os sujeitos cujos pais divorciaram antes dos 18 anos sentiam-se mais sós na idade adulta, e muito especialmente se o divórcio ocorreu antes do sujeito ter 6 anos. Surpreendentemente a morte de um dos pais durante a infncia não tem efeito duradoiro.
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