Cravadas em líquido azul turquesa
Duas ilhas na rotina do sempre
Esperam a beleza do pôr-do-sol
O vento murmura em quase silêncio
Ondas quebram na praia
Com suave reverência a elas
Que em suas entranhas
Escondem abismos desconhecidos
Profundos como os gemidos
Do visível emana a sensação
Do que não vemos
O desconhecido se faz presença
Apenas sentida
Se deixo meu coração contemplar
As ilhas ele veste-se de verde
Sente a tua imagem projetando-se
Nos sentimentos que tenho
Presos em minhas mãos.