PEDRO FIGUEIREDO/lusa
Viol챗ncia colocou a capital mo챌ambicana em estado de sítio
A pesar de a agitação ter acalmado e de as vias terem sido desobstruídas, poucos operadores de transporte semicolectivo voltaram à estrada, prevalecendo por isso uma grave carência de "chapas", os miniautocarros que garantem o transporte em Maputo.
Entretanto, o balan챌o oficial dos protestos é de dois mortos e 40 feridos, números que divergem dos apontados pelo Hospital Central de Maputo que registou 98 feridos, 25 dos quais continuam internados.
Os representantes dos transportadores receiam ser novamente alvo dos manifestantes, pelo que o regresso à normalidade da vida em Maputo possa demorar algum tempo. O Governo moçambicano e a Federação Moçambicana dos Transportadores Rodoviários (FEMATRO) decidiram suspender temporariamente o aumento do preços dos transportes - cinco meticais (14 cêntimos) e 7,5 meticais (21 cêntimos), contra as novas tarifas de 7,5 meticais e 10 (28 cêntimos) - e retomar as negociações, que deverão estar concluídas até amanhã.
Desconhece-se o tipo de solu챌찾o que está a ser equacionada pelo Governo para ultrapassar o protesto, admitindo-se que possa passar pelo refor챌o da comparticipa챌찾o pública na factura de combustíveis paga pelos transportadores. Esta op챌찾o permitirua n찾o aumentar os bilhetes, mantendo o lucro dos transportadores entretanto penalizados pelo aumento dos combustíveis.