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General: VINTE CINCO DE ABRIL
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Respuesta Eliminar Mensaje  Mensaje 1 de 8 en el tema 
De: misabelantunes1  (Mensaje original) Enviado: 25/04/2008 14:21

Abril de Sim Abril de N찾o

Eu vi Abril por fora e Abril por dentro
vi o Abril que foi e Abril de agora
eu vi Abril em festa e Abril lamento
Abril como quem ri como quem chora.

Eu vi chorar Abril e Abril partir
vi o Abril de sim e Abril de n찾o
Abril que já n찾o é Abril por vir
e como tudo o mais contradi챌찾o.

Vi o Abril que ganha e Abril que perde
Abril que foi Abril e o que n찾o foi
eu vi Abril de ser e de n찾o ser.

Abril de Abril vestido (Abril t찾o verde)
Abril de Abril despido (Abril que dói)
Abril já feito. E ainda por fazer.


Manuel Alegre
30 Anos de Poesia
Publica챌천es Dom Quixote



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Respuesta Eliminar Mensaje  Mensaje 2 de 8 en el tema 
De: antunesgalv찾o1 Enviado: 26/04/2008 02:38
Belíssimo Programa que está a passar na RTP 1.Manela.


Attachment: 894__DSCN2425.jpg

Respuesta Eliminar Mensaje  Mensaje 3 de 8 en el tema 
De: antunesgalv찾o1 Enviado: 26/04/2008 02:38
Belíssimo Programa que está a passar na RTP 1.Manela.


Attachment: 894__DSCN2425.jpg

Respuesta Eliminar Mensaje  Mensaje 4 de 8 en el tema 
De: misabelantunes1 Enviado: 26/04/2008 12:39
Manela,
De acordo, belo programa a assinalar a data, com poemas, can챌천es e gente que fez a sua história.
Um beijinho.
Isabel

Respuesta Eliminar Mensaje  Mensaje 5 de 8 en el tema 
De: mayra1950 Enviado: 26/04/2008 21:59
Isabel e Manela,
Eu assisti!
Beijinhos,
Mayra

Respuesta Eliminar Mensaje  Mensaje 6 de 8 en el tema 
De: msantos-pintex Enviado: 26/04/2008 23:03
Coloco aqui uma carta que li num dos sites que visualizo diáriamente e concordo plenamente com os ensinamentos o pai.
Beijinhos e abra챌os,
Mário Santos

34 ANOS DEPOIS...

Exmo Senhor Professor,

Sou obrigado a escrever-lhe, nesta data, depois de ter escutado, com
toda a atenção, a aula de História, que nos deu sobre a Revolução de
Abril de 1974.

Li todos os apontamentos que tirei na aula e os textos de apoio que me
entregou para me preparar para o teste, que o Senhor Professor irá
apresentar-nos, na próxima semana, sobre a Revolução dos Cravos.


Disse o Senhor Professor que a Revolução derrubou a ditadura
salazarista e veio a permitir o final da Guerra Colonial, com a
conquista da Liberdade do Povo Português o dos Povos dos territórios
que nós dominávamos e que constituiam o nosso Império.


Afirmou ainda que passámos a viver em Democracia e que iniciámos uma
nova política de Desenvolvimento, baseada na economia de mercado.


Informou-nos também que a Censura sobre os orgãos de Comunicação Social
terminara e que a PIDE/DGS, a Polícia Política do Estado Fascista
acabara, dando a possibilidade aos Portugueses de terem liberdade de
expressão, opinião e pensamento. Hoje, todos eles podem exprimir as
suas opiniões nos jornais, rádio, televisão, cinema e teatro, sem
receio de serem presos.


Disse igualmente que Portugal era um país isolado no contexto
internacional e que agora fazemos parte da União Europeia e temos
grande prestígio no mundo. Que somos dos poucos países da União a
cumprir, na íntegra, os cinco critérios de convergência nominal do
Tratado de Maastricht para fazermos parte do pelotão da frente com
vista ao Euro.


Li os textos de apoio do Professor Fernando Rosas, onde me informam que
os Capitães de Abril são considerados heróis nacionais, como nunca
houvera antes na nossa história, e que eles são os responsáveis por
toda a modernidade do nosso país, pois se não tivesse acontecido a
memorável Revolução, estaríamos na cauda da Europa e viveríamos em
grande atraso, em relação aos outros países, e num total obscurantismo.


Tinha já tudo bem compreendido e decorado, quando pedi ao meu pai que
lesse os apontamentos e os textos para me fazer perguntas sobre a tal
Revolução, com vista à minha preparação para o teste, pois eu não
assisti ao acontecimento histórico, por não ter ainda nascido, uma vez
que, como sabe, tenho apenas dezasseis anos de idade.



Com o pedido que fiz ao meu pai, começaram os meus problemas pois ele
ficou horrorizado com o que o Senhor Professor me ensinou e chamou-lhe
até mentiroso porque conseguira falsificar a História de portugal. Ele
disse-me que assistira à Revolução dos Cravos dos Capitães de Abril e
que vira com «os olhos que a terra há-de comer» o que acontecera e as
suas consequências.


Disse-me que os Capitães foram os maiores traidores que a nossa
História conhecera, porque entregaram aos comunistas todo o nosso
império, enganando os Portugueses e os naturais dos territórios, que
nos pertenciam por direito histórico. Que a Guerra no Ultramar
envolvera toda a sua geração e que nela sobressaíra a valentia dum povo
em armas, a defender a herança dos nossos maiores.

Que já não existia ditadura salazarista, porque Salazar já tinha
morrido na altura e que vigorava a Primavera Marcelista que,
paulatinamente, estava a colocar Portugal na vanguarda da Europa. Que
hoje o nosso país, conjuntamente com a Grécia, são os países mais
atrasados da Comunidade Europeia.


Que Portugal já disfrutava de muitas liberdades ao tempo do Professor
Marcelo Caetano, que caminhávamos para a Democracia sem sobressaltos,
que os jovens, como eu, tinham empregos assegurados, quando terminavam
os estudos, que não se drogavam, que não frequentavam antros de deboche
a que chamam discotecas, nem viviam na promiscuidade sexual, que hoje
lhes embotam os sentidos.

Disse-me também que ele sabia o que era Deus, a Pátria e a Família e
que eu sou um ignorante nessas matérias. Aliás, eu nem sabia que a
minha Pátria era Portugal, pois o Senhor Professor ensinou-me que a
minha Pátria era a Europa.


O meu pai disse-me que os governantes de outrora não eram corruptos e
que após o 25 de Abril nunca se viu tanta corrupção como actualmente.
Também me disse que a criminalidade aumentara assustadoramente em
Portugal e que já há verdadeiras máfias a operar, vivendo à custa da
miséria dos jovens drogados e da prostituição, resultado do abandono
dos filhos de pais divorciados e dum lamentável atraso cultural, em
virtude de um Sistema Educativo, que é a nossa maior vergonha, desde há
mais vinte anos.


Eu fiquei de boca aberta, quando o meu pai me disse que a Censura
continuava na ordem do dia, porque ele manda artigos para alguns
jornais e não são publicados, visto que ele diz as verdades, que são
escamoteadas ao Povo Português, e isso não interessa a certos orgãos eq
Comunicação Social ao serviço de interesses obscuros.


O meu pai diz que o nosso país é hoje uma colónia de Bruxelas, que nos
dá esmolas para nós conseguirmos sobreviver, pois os tais Capitães de
Abril reduziram Portugal a uma «pobreza franciscana» e que o nosso país
já não nos pertence e que perdemos a nossa independência.


Perguntei-lhe se ele já ouvira falar de Mário Soares, Almeida Santos,
Rosa Coutinho, Melo Antunes, Álvaro Cunhal, Vítor Alves, Vítor Crespo,
Lemos Pires, Vasco Lourenço, Vasco Gonçalves, Costa Gomes, Pezarat
Correia... Não pude acrescentar mais nomes, que fixara com enorme
sacrifício e trabalho de memória, porque o meu pai começou a vomitar só
de me ouvir pronunciar estes nomes.

Quando se sentiu melhor, disse-me que nunca mais lhe falasse em tais
«sacanas de gajos», mas que decorasse antes os nomes de Vasco da Gama,
Pedro Álvares Cabral, Diogo Cão, D. João II, D. Manuel I, Bartolomeu
Dias, Afonso de Alburquerque, D. João de Castro, Camões, Norton de
Matos, porque os outros não eram dignos de ser Portugueses, mas estes
eram as grandes e respeitáveis figuras da nossa História.

Naturalmente que fiquei admirado, porque o Senhor Professor nunca me
falara nestas personagens tão importantes e apenas me citara os nomes
que constam dos textos do Professor Fernado Rosas.


Senhor Professor, dada a circunstância do meu pai ter visto, ouvido,
sentido e lido a Revolução de Abril, estou completamente baralhado, com
o que o Senhor me ensinou e com a leitura dos textos de apoio. Eu julgo
que o meu pai é que tem razão e, por isso, no próximo teste, vou seguir
os conselhos dele.

Não foi o Senhor Professor que disse que a Revolução nos deu a
liberdade de opinião? Certamente terei uma nota negativa, mas o meu pai
nunca me mentiu e eu continuo a acreditar nele.

Como ele, também eu vou pôr uma gravata preta no dia 25 de abril, em
sinal de luto pelos milhares de mortos havidos no nosso Império,
provocados pela Revolução dos Espinhos, perdão, dos Cravos.


O Senhor disse-me que esta Revolução não vertera uma gota de sangue e
agora vim a saber que militantes negros que serviram o exército
português, durante a guerra, que o Senhor chamou colonial, foram
abandonados e depois fuzilados pelos comunistas a quem foram entregues
as nossas terras.


Desculpe-me, Senhor Professor, mas o meu pai disse-me que o Senhor era
cego de um olho, que só sabia ler a História de Portugal com o olho
esquerdo. Se o Senhor tivesse os dois olhos não me ensinaria tantas
asneiras, mas que o desculpava porque o Senhor era um jovem e
certamente só lera o que o Professor Fernando Rosas escrevera.

A minha carta já vai longa, mas eu usei de toda a honestidade e espero
que o Senhor Professor consiga igualmente ser honesto para comigo, no
próximo teste, quando o avaliar.


Com os meus respeitosos cumprimentos

O seu aluno

Todos os anos nesta data se fala em comemora챌천es em todo o país,

mas eu pergunto:

COMEMORAR O QUÊ????

ZEMAIA.gif picture by xicuembo


Respuesta Eliminar Mensaje  Mensaje 7 de 8 en el tema 
De: antunesgalv찾o1 Enviado: 28/04/2008 02:56
Tenho andado a tentar"mastigar"este artigo que o Sr.Mário Santos aqui colocou.Desculpe mas não posso concordar(estamos num País que os Capitães de Abril libertaram) e por isso agora estou a desabafar o que sinto.Se não fosse a falta de visão de um "velho"que não soube ou não quis "perceber"que o seu tempo tinha acabado e uma "guerra inútil e sangrenta"não teria ceifado tantas vidas inocentes de cá e de lá.A descolonização era necessária mas no tempo certo e antes que a guerra eclodisse.Cometeram-se erros depois de Abril de 1974, é certo, mas o maior erro foi pensar que Portugal era um Império e que estávamos "orgulhosamente sós". Vivíamos numa "mentira"e faziam-nos crer que os privilégios eram só para alguns.Depois já havia muitos "rancores" e foi o que se viu.Quando cheguei a Portugal"terra dos meus avós" em 1975 encontrei um País "cinzento e atrasado".A maior parte do Povo Português tinha pouca instrução ou era analfabeta;tinha medo de falar abertamente;não havia electricidade nem água canalizada nas casas de vilas e aldeias. Por favor não me gabe o que era antes este pedaço de terra à beira mar plantado e sede do "grande Império Português". Eu estou agradecida aos "capitães de Abril" e a todos os que se "bateram"pela liberdade.Só tenho pena que o atraso em libertar os que hoje são Países Independentes tivesse como consequência os "horrores" que se seguiram e as lágrimas derramadas por tantos que amaram e continuarão a amar ÁFRICA MINHA. Manela.

Respuesta Eliminar Mensaje  Mensaje 8 de 8 en el tema 
De: misabelantunes1 Enviado: 28/04/2008 04:39
Manela,
Bravo!!!!
Gostei da forma como defendeste o teu sentir que, é igual ao meu.
Afinal, o documento, colocado pelo Mário Santos, deu oportunidade à tua bela participação. Nada melhor que, o respeito pela opinião de cada um !
Um beijinho para ti e outro para o Mário.
Isabel


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