Maputo (Canal de Moçambique) – O líder da Renamo, Afonso Dlhakama, considera que o país encontra-se longe de atingir proporções de violência no período pós eleitoral, a exemplo do que acontece noutros países com particular destaque para o Zimbabwe, onde são frequentes situações de pancadaria e detenções de dirigentes políticos da oposição, movidas pelas autoridades governamentais. Afonso Dhalakama avança que o ambiente político que se vive no país com a introdução da democracia, que segundo ele, ainda se encontra em via de desenvolvimento, não motiva a ocorrência de violência, muito embora esteja a acontecer mas não à escala proporcional à do Zimbabwe. O líder do maior partido da oposi챌찾o em Mo챌ambique, assinalou nunca ter sido detido ou espancado por exigir os seus direitos eleitorais, apesar de estar a dirigir um partido tido como proveniente dum antigo movimento rebelde que durante dezasseis anos lutou contra o Governo mo챌ambicano, dirigido pela Frelimo, partido no poder desde 1975. Falando quarta-feira em entrevista ao «Canal de Moçambique» em Chimoio, Dlhakama referiu não haver em solo pátrio espaço para a ocorrência de violência pós eleitoral, o que de acordo com as suas palavras isso significaria o retorno às armas, à guerra, numa violação aos acordos de Roma assinados em 1992, o que não seria salutar para o povo moçambicano. Apesar de assim entender Dhlakama declarou um combate serrado contra a fraude eleitoral, com civismo, como a única guerra que o conduzirá ao poder no próximo pleito eleitoral agendado para o ano, as quartas elei챌천es presidenciais a terem lugar no país. Afonso Dhlakama disse ainda que a maneira como ele dirige partido o leva a assumir cargos de direc챌찾o em diferentes organiza챌천es políticas internacionais, uma das quais o Internacional Democratic Centre (IDC) de que fazem parte vários lideres políticos de diversos continentes. Dhlakama encontrava-se em Chimoio por mais uma miss찾o partidária. Assegurou uma vitória retumbante nos próximos tr챗s pleitos eleitorais. Diz que o seu partido, nessa perspectiva está agora em preparativos, promovendo cursos e seminários regionais dirigidos a membros e simpatizantes sobre diferentes matérias a respeito do processo eleitoral, organizados pela Associa챌찾o dos Parlamentares Europeus (AWEPA). Num outro desenvolvimento o líder da Renamo deu-nos a conhecer ter enviado uma mensagem de repúdio à detenção, pela polícia, do presidente do Movimento Para Mudança Democrática (MDC), a maior formação política no Zimbabwe depois de ter vencido as legislativas naquele país embora ainda não tenham sido empossados os eleitos. “Enviei mensagem não pelo facto de Morgan Tsvangirai tratar-se de um amigo meu, mas pelo facto de ser dirigente de um partido político da oposição cujos seus direitos constitucionais vêm sendo transgredidos”, disse Dlhakama. A fonte indicou ser da responsabilidade, sobretudo, da União Africana a resolução do colapso político naquele país. Dhlakama defende que a referida organização continental deve intervir activamente. Indirectamente acabaria ainda por críticar a diplomacia silenciosa prestada pelo presidente da República da África do Sul, Thabo Mbeke. (Jose Jeco)
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