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De: mayra1950  (Mensaje original) Enviado: 27/07/2008 21:06

O homem, jovem, movimentava-se num desespero agitado entre um grupo de mulheres vestidas de negro que ululavam lamentos. 'Perdi tudo!' 'O que é que perdeu?' perguntou-lhe um repórter.
'Entraram-me em casa, espatifaram tudo. Levaram o plasma, o DVD a aparelhagem...' Esta foi uma das esclarecedoras declara챌천es dos autodesalojados da Quinta da Fonte. A imagem do absurdo em que a assist챗ncia social se tornou em Portugal fica clara quando é complementada com as informa챌천es do presidente da C창mara de Loures: uma elevadíssima percentagem da popula챌찾o do bairro recebe rendimento de inser챌찾o social e paga 'quatro ou cinco euros de renda mensal' pelas habita챌천es camarárias. Dias depois, noutra reportagem outro jovem adulto mostrava a sua casa vandalizada, apontando a sala de onde tinham levado a TV e os DVD. A seguir, transtornadíssimo, ia ao que tinha sido o quarto dos filhos dizendo que 'até a TV e a playstation das crian챌as' lhe tinham roubado. Neste país, t찾o cheio de dificuldades para quem tem rendimentos declarados, dinheiro público n찾o pode continuar a ser desviado para sustentar predadores profissionais dos fundos constituídos em boa fé para atender a situa챌천es excepcionais de car챗ncia. A culpa não é só de quem usufrui desses dinheiros. A principal responsabilidade destes desvios cai sobre os oportunismos políticos que à custa destas bizarras benesses, compraram votos de Norte a Sul. É inexplicável num país de economias domésticas esfrangalhadas por uma Euribor com freio nos dentes que há famílias que pagam 'quatro ou cinco Euros de renda' à câmara de Loures e no fim do m챗s recebem o rendimento social de inser챌찾o que, se habilmente requerido por um grupo familiar de cinco ou seis pessoas, atinge quantias muito acima do ordenado mínimo. É inaceitável que estes beneficiários de tudo e mais alguma coisa ainda querem que os seus T2 e T3 a 'quatro ou cinco euros mensais' lhes sejam dados em zonas 'onde n찾o haja pretos'. N찾o é o sistema em Portugal que marginaliza comunidades.
O sistema é que se tem vindo a alhear da realidade e da dec챗ncia e agora é confrontado por elas em plena rua com manifesta챌천es de índole intoleravelmente racista e saraivadas de balas de grande calibre disparadas com impunidade. O país inteiro viu uma dezena de homens armados a fazer fogo na via pública. Não foram detidos embora sejam facilmente identificáveis. Pelo contrário. Do silêncio cúmplice do grupo de marginais sai eloquente uma mensagem de ameaça de contorno criminoso - 'ou nos dão uma zona etnicamente limpa ou matamos.' A resposta do Estado veio numa patética distribuição de flores a cabecilhas de gangs de traficantes e autodenominados representantes comunitários, entre os sorrisos da resignação embaraçada dos responsáveis autárquicos e do governo civil. Cá fora, no terreno, o único elemento que ainda nos separa da barbárie e da anarquia mantém na Quinta da Fonte uma guarda de 24 horas por dia com metralhadoras e coletes à prova de bala. Provavelmente, enquanto arriscam a vida neste parque temático de incongruências socio-políticas, os defensores do que nos resta de ordem pensam que ganham menos que um desses agregados familiares de profissionais da extorsão e que o ordenado da PSP deste mês de Julho se vai ressentir outra vez da subida da Euribor.

Beijo,

Mayra



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