Observadores internacionais optimistas
A chefe da missão de observadores da União Europeia, considerou as legislativas angolanas como um "passo extremamente importante para a democracia em Angola".
Os observadores internacionais às eleições legislativas e sexta-feira em Angola manifestaram-se "optimistas" quanto ao desfecho do processo eleitoral, que consideram estar a decorrer de forma "tranquila e pacífica".Em declarações à Agência Lusa, à margem de um encontro entre as diferentes missões de observação eleitoral e o presidente da Comissão Nacional Eleitoral, Caetano de Sousa, a chefe da missão de observadores da União Europeia, a italiana Luíza Morgantini, considerou as legislativas angolanas como um "passo extremamente importante para a democracia em Angola". "Parece-me que todos estão a trabalhar para a democratização do país, apesar de algumas limitações do processo, mas toda a gente pode falar, há liberdade de expressão, de movimento e a campanha eleitoral foi feita por todos os partidos concorrentes", salientou Luíza Morgantini. Segundo esta observadora, "os discursos dos líderes dos partidos políticos durante a campanha incidiram na tolerância e na liberda
de de expressão". "Houve problemas em que os partidos mais pequenos lamentam que o partido no poder tem mais espaço em todos os média", reconheceu a chefe da missão da UE, embora ressalvando que "o processo eleitoral decorre muito bem". "Espero que o processo continue como até agora, com tranquilidade e serenidade, porque o povo angolano, depois de muita guerra e devastação, necessita de trabalho, casa, saúde e educação para todos, não somente para alguns", frisou. Por seu lado, a moçambicana Verónica Macamo, do Parlamento Pan-africano, afirmou haver da parte de todos os intervenientes no processo, a começar pelo Presidente da República, um "espírito de paz e tranquilidade". "Há sobretudo uma vontade de envolver todo o povo angolano para que este processo decorra de uma forma tranquila e harmoniosa", disse Macamo.Nesse sentido, referiu ter verificado empenho pela forma como todos estão a apelar para a paz e disse esperar que continue este "bom ambiente, calmo e num t
om de fraternidade". "Desde que chegámos, estivemos a circular em vários sítios, contactámos instituições mas também ouvimos populares na rua e todo o mundo está convencido de que de facto as coisas estão a decorrer da melhor maneira possível", referiu. Já o chefe da missão de observadores da Comunidade de Desenvolvimento da Ãfrica Austral (SADC), John Kunene, destacou os esforços desenvolvidos no sentido de garantir que as eleições decorram da "melhor forma possível". "Os aspectos logísticos foram organizados e vão ao encontro dos princípios e directrizes da SADC que regem as eleições democráticas", assinalou o suazi John Kunene. "A principal preocupação que a SADC tinha era de ver se o Governo e o país estariam à altura de criar todas as condições necessárias para a realização das eleições, tendo em conta que o país acaba de sair de uma situação de conflito", realçou."Posso dizer com toda a certeza que acabo de constatar um grande nível de preparação, na sequênc
ia de várias abordagens que tivemos, com os vários intervenientes, incluindo os diferentes partidos que manifestaram um certo optimismo em relação à conclusão bem sucedida das eleições", notou John Kunene
Quinta-feira, 4 de Set de 2008
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