As empresas Vale, Riversdale, todas sediadas na bacia carbonífera de Moatize, e a CTA encontram-se empenhados e numa fase muito adiantada, no processo de criação desta associação dos operadores de carvão mineral, o que vai de certa maneira contribuir para deixar para trás as dificuldades que embaraçam o projecto de produção daquele minério.

“As companhias já perceberam que constituir um fórum é uma forma mais prática de trabalhar para se ultrapassar os problemas comuns, uma vez que tal servirá de mecanismo mais apropriado para o dialogo com o governo e nós privilegiamos este mecanismo” disse a Ministra dos Recursos Minerais, Esperança Bias.

No encontro que a ministra manteve esta semana em Tete com as companhias operadoras de carvão foi anunciada a necessidade destas se envolverem seriamente nos programas de formação de quadros nacionais em matérias de engenharia mineira com vista a corresponder a demanda do mercado nos próximos tempos.

O país está com um défice maior de técnicos para a área de pesquisa e exploração de minerais para responde as necessidades de prospecção mineral no país.

“Os quadros que a Faculdade de Geologia está a formar hoje ainda não respondem aquilo que são as exigências da actividade geológica mineira no país. Nós agora temos cerca de 1000 títulos de prospecção e pesquisa e a Faculdade de Geologia está a formar menos de 20 técnicos por ano, então por aí vemos logo que há um grande défice“, disse.

Actualmente no país, segundo Esperança Bias, existe um número inferior de 400 técnicos geólogos e engenheiros de minas e dado ao crescimento da actividade mineira este número deveria ser a dobrar para corresponder as exigências quer no Estado como nos operadores de minas do sector privado.

Por isso que o Estado moçambicano está a insistir aos operadores de  exploração mineira a observarem com muita atenção a questão da  mão-de-obra qualificada e devem dar o seu máximo para a  formação de quadros nacionais apoiando o Governo no apetrechamento das instituições do ensino, bem como na formação de trabalho ou até mesmo através de bolsas no estrangeiro para dar um impulso por formas a permitir que os quadros moçambicanos obtenham a qualificação necessária.

A titular da pasta dos Recursos Minerais recomendou  as empresas que neste momento se encontram empenhadas na pesquisa de minerais para apresentarem os seus cronogramas de trabalho para ajudar  o Governo a preparar melhor no sentido de corresponder o afluxo de produção para o seu escoamento ao mercado internacional onde o produto será comercializado.