A informação foi dada pelo seu filho, Benigno "Noynoy" Aquino III. Corazon Aquino morreu depois de lhe ter sido diagnosticado, no ano passado, um cancro em estado avançado.
O filho adiantou que doença atingiu vários órgãos e o estado de debilitação a que chegou impediu a continuação dos tratamentos de quimioterapia.
foto Romeo Gacad /AFP |
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A ascenção de Corazon começou em 1983 quando seu marido, líder oposicionista Benigno "Ninoy" Aquino Jr., foi assassinado na pista do aeroporto internacional de Manila, quando regressava do exílio nos Estados Unidos para desafiar Ferdinand Marcos, seu antigo adversário.
Corazon Aquino conduziu então uma revolta que inspirou protestos não violentos em todo o mundo, incluindo os que acabaram com os regimes comunistas do Bloco de Leste, e que pôs fim, em 1986, ao regime repressivo de 20 anos de Ferdinand Marcos.
Corazon Aquino criou expectativas elevadas no país, algumas das quais não conseguiu satisfazer, como foi o caso do seu programa de redistribuirão de terras, que foi posto em causa pelas elites económicas e pela sua própria família.
Apesar disso, o seu rosto sorridente numa fotografia em que está vestida de amarelo tornou-se uma marca nas Filipinas, onde é carinhosamente referida como "Tita (Tiazinha) Cory".
O funeral da antiga presidente das Filipinas realiza-se na próxima quarta-feira numa cerimónia privada.
O corpo da antiga presidente vai estar em câmara ardente a partir de hoje, sábado, até segunda-feira, na escola católica De La Salle Grenhills.
Corazon Aquino vai ser sepultada no cemitério Manila Memorial Park ao lado do marido, Benigno "Ninoy" Aquino Jr.
A actual chefe de Estado, Gloria Macapagal Arroyo, declarou 10 dias de luto nacional, através de uma mensagem enviada dos Estados Unidos, onde se encontra em visita oficial.
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