Enquanto grande parte dos meios de comunicação social confirma 10 mortes no dia de ontem, o Ministro da Saúde de Moçambique, Ivo Garrido, disse hoje que seis pessoas morreram na sequência da violência nas ruas de Maputo, desde quarta feira.
Após uma reunião extraordinária do Conselho de Ministros, Ivo Garrido disse que dos confrontos já resultaram seis mortos e mais de 80 feridos.
Dos feridos, 68 estão no Hospital Central de Maputo e os restantes, mais de vinte, nas outras unidades, José Macamo e Mavalane.
Todavia, segundo a AFP sete pessoas morreram desde quarta-feira e hoje, segundo a Cruz Vermelha, o número é de três vítimas fatais.
"Na quarta-feira recebemos dois corpos e a polícia outros dois. Hoje (quinta-feira) recebemos os corpos de três pessoas que morreram nos bairros onde acontecem as manifestações", declarou à AFP o porta-voz da Cruz Vermelha, Americo Ubisse.
Declarações oficiais
O comunicado divulgado hoje pelo porta-voz do Governo foi muito resumido, tendo cerca de três minutos. Esse facto provocou desde logo algum espanto juntos dos jornalistas, já que a informação governamental não acrescentou muito ao que já tinha sido dito anteriormente: para que os preços dos bens essenciais diminuam, o povo terá que trabalhar mais e aumentar a produtividade do país.
Além de ter apelado à tranquilidade, o Ministro da Saúde confirmou seis mortos oficiais.
De acordo com informação da AFP, o hospital central de Maputo recebeu mais de 100 feridos até o momento, muitos atingidos por tiros.Alguns populares acusam a polícia de ter usado balas reais para dispersar os manifestantes.
Ainda assim, algumas fontes não confirmadas falam em três mortes no dia de hoje.
Entretanto, os meios de comunicação começaram a falhar provavelmente devido aos tumultos, já que poderão ter sido destruído postes que fazem ligações importantes. Há pontos já sem energia, com o acesso à internet e, nalguns casos, a televisão, cortados.
Veja um dos vídeos de ontem
http://noticias.sapo.mz/info/artigo/1089471.html