18 depois da guerra: Minas terrestres continuam a matar e mutilar em Moçambique
10/09/2010 As minas terrestres continuam a causar vitimas humanas em Moçambique, volvidos cerca de 18 anos após o fim da guerra civil.
Este ano, quatro pessoas das províncias de Sofala e Tete, Centro de Moçambique, perderam a vida vítimas de minas que também provocaram ferimentos graves a um sapador da agência de desminagem Halo Trust que trabalhava em Manica, também no Centro do país.
O director regional centro do Instituto Nacional de Desminagem (IND), Félix Daúde, considerou que esses casos são preocupantes uma vez que o país continua a perder pessoas por causa das minas.
A guerra dos 16 Anos movida pela guerrilha da Renamo contra o Governo da Frelimo terminou em Outubro de 1992, mas até agora algumas zonas do país continuam minadas. Por exemplo, recentemente, descobriu-se um engenho explosivo na vila de Muanza, província de Sofala.
Félix Daúde disse haver esforços no sentido de reforçar a capacidade de desminagem da região Centro do país, sobretudo nas províncias de Manica, Sofala e Tete, onde presentemente estão a trabalhar duas agências de desminagem, designadamente a Halo Trust e a Handicap International.
Para reforçar o trabalho realizado por estas operadoras, o IND pretende encontrar mais uma agência de desminagem na vizinha África do Sul, uma medida que se enquadra no âmbito do cumprimento do Plano Estratégico destinado a acabar com as minas até 2014.
“O IND pretende alcançar esta meta em 2013 e o ano seguinte servirá para avaliar o trabalho realizado ao longo deste período”, disse Daúde, citado pelo jornal “Diário de Moçambique”.
(AIM/RM)
http://www.radiomocambique.com/rm/noticias/anmviewer.asp?a=5033&z=100