A PRIMEIRA fase das obras de reabilitação da fortaleza da Ilha de Moçambique, em Nampula, chegou ao fim, tendo o Governo e seus parceiros desembolsado cerca de dois milhões de dólares, o que conferiu maior resistência áquela infra-estrutura no sentido de guardar a história da penetração portuguesa e resistência dos povos locais à colonização.
Segundo Silvério Nauaito, director da fortaleza da Ilha de Moçambique, aquele montante foi investido mormente na execução de trabalhos que visavam, fundamentalmente, suster a degradação contínua que ameaçava fazer ruir aquela infra-estrutura histórico-cultural.
A prioridade foi dada aos tectos que deixavam passar quantidades significativas de águas pluviais que, por seu turno, causavam sérios prejuízos o pavimento. A fonte explicou ainda que os tectos da fortaleza foram rebocados com material apropriado sobretudo cal e pedra incluindo tintas.
No entanto, as paredes de pedra e cal da fortaleza continuam a clamar por uma intervenção de vulto no contexto da sua conservação e um estudo está em fase de elaboração por uma equipa de arquitectos que trabalham no gabinete de conservação da Ilha de Moçambique.
Soubemos o resultado do referido estudo deve, entre outros pormenores, quantificar o custo do trabalho de reabilitação das paredes, entre outro acervo que vinha sendo vandalizado por desconhecidos através de escavações no interior da fortaleza na busca de preciosidades. O resultado será submetido aos parceiros do Governo para mobilização de fundos para custear a execução das obras.
Silvério Nauaito não escondeu que as referidas obras vão necessitar de um investimento avultado, sendo que as dificuldades que se espera enfrentar no concernente ao seu desembolso sugerem a execução das obras por fases.
Em relação ao futuro da fortaleza depois que for concluída a sua reabilitação a nossa fonte precisou que já há consenso para o aproveitamento de uma das várias partes amplas como museu da marinha, cujo acervo se encontra exposto no interior do museu São Paulo, em condições muito pouco recomendáveis, devido à exiguidade do espaço.
Silvério Nauaito acrescentou que está em estudo uma proposta avançada por diferentes sectores governamentais e dos parceiros da agência das Nações Unidas para a Ciência Educação e Cultura, UNESCO, para aproveitamento de parte da fortaleza como hotel.
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