A caça furtiva de elefantes na reserva Samburu, no Quénia, disparou devido ao aumento do preço do marfim, escreve hoje o Diário de Notícias (DN), de Portugal.
O jornal adianta que o número de capturas nos últimos dois anos e meio é superior ao total dos onze anos anteriores e o pior cenário registou-se nos primeiros cinco meses de 2011.
A China é o principal mercado deste negócio ilegal que ameaça extinguir os elefantes.
O DN cita o espanhol El País, segundo o qual a situação dramática na Reserva Natural de Samburu foi descrita pela Nature.
De acordo com um artigo de três especialistas publicado por esta revista, o aumento da caça furtiva deve-se "à subida do preço do marfim no mercado negro, que quase duplicou desde 2007 e que é actualmente de uma magnitude superior ao dos anos 90".
O combate à caça furtiva torna-se cada vez mais difícil, com a balança a tombar para o lado do negócio. "Com os preços actuais, o marfim dos elefantes maiores caçados em Samburo equivale a um ano e meio de salário dos guardas do parque ou a 15 anos de salários dos trabalhadores não qualificados. Nos últimos tempos, quase triplicaram as capturas de marfim ilegal no Quénia ou procedentes deste país africano", escreve o jornal espanhol, citando os peritos da Nature.
"A procura de marfim e os preços alcançaram um nível tal que os caçadores furtivos põe na sua mira inclusive áreas bem protegidas e populações de elefantes vigiadas. Com muitas populações pouco vigiadas e já sobre-exploradas, a pressão sobre os elefantes do Samburo pode ser um anúncio do que se pode esperar nas áreas protegidas de África", indica o texto da Nature.
SAPO
http://noticias.sapo.mz/vida/noticias/artigo/1178131.html