16/11/2011 Apostar na transformação estrutural da economia é uma das estratégias-chave que o governo moçambicano deve adoptar para que o actual crescimento económico que o país tem vindo a registar seja mais inclusivo, traduzindo-se em benefícios sociais, recomenda o Fundo Monetário Internacional, FMI. Para o efeito, segundo ainda a instituição, o executivo moçambicano deve aposta em sectores intensivos em mão-de-obra para que haja uma correlação entre o crescimento económico e o esforço de redução dos níveis de pobreza. "O que é importante é a gestão e a implementação de políticas que facilitem, dentro do sector privado, a geração de empresas que sejam intensivas em mão-de-obra, que é o que Moçambique precisa. É através da geração de emprego e aumento da produtividade pelas empresas que o ganho ao nível do crescimento será distribuído por todos", disse, esta terça-feira, o representante residente do Fundo Monetário Internacional (FMI) no país, Victor Lledó, durante o lançamento do relatório sobre as perspectivas económicas regionais para a África Sub-sahariana. Lledó disse que o governo e o sector privado têm uma responsabilidade partilhada na transformação do crescimento económico do país em maiores benefícios sociais. "O sector privado tem um papel neste processo, na medida em que será ele o principal gerador de emprego a médio e longo prazos na economia", disse o representante residente do FMI no país, acrescentando que ao governo cabe a responsabilidade de adopção de políticas monetárias e fiscais que garantam a estabilidade macroeconómica atractiva ao investimento. Nas suas recomendações ao executivo, o FMI inclui a necessidade de um maior esforço para a melhoria do ambiente de negócios, através do investimento em infra-estruturas que aumentem a produtividade. |