Crédito à habitação. Recentemente, o governo anunciou um programa que marca a nova política de habitação, para garantir moradias condignas e de baixo custo a 100 mil famílias, até 2014, em todo o país. O Fundo para o Fomento de Habitação diz que a estratégia do sector passa, necessariamente, pela emissão de garantias soberanas por parte do governo, situadas em 250 milhões de dólares, para estimular investimentos externos na área de habitação. Neste momento, o FFH debate-se com falta de dinheiro para dar continuidade a projectos em curso, devido à redução das receitas resultante da alienação dos imóveis do Estado, ao facto de o governo ter manifestado a sua pretensão de deixar de canalizar as receitas da alienação dos imóveis, bem como ao facto de os recursos do Orçamento do Estado alocados à área de habitação se mostrarem exíguos para o FFH levar a bom porto o desafio de promoção de projectos de habitação. Para fazer face a esta realidade, o FFH definiu como prioridade a mobilização de fundos para a aplicação em acções previstas para próximo ano, bem como o envolvimento do sector privado para dar vazão à demanda que se regista no mercado. Neste momento, aquela instituição está a encetar contactos com vista ao estabelecimento de parcerias, tanto a nível interno, como externamente. “Há necessidade de advogar e submeter propostas para que o governo tome medidas mais acertadas, de modo a facilitar o desenvolvimento do sector de habitação, que inclui a emissão de garantias soberanas (…). com esta medida, julgamos que estarão criadas as condições para assistirmos à estabilidade no sector habitacional”, afirma Borges da Silva, director de planificação e investimento no FFH.
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