Descoberto por consórcio Emirato-moçambicanö: Mais carvão mineral descoberto em Moatize
29/12/2011
Cerca de dois biliões de toneladas de carvão mineral foram recentemente descobertas no distrito de Moatize, na província de Tete. A descoberta foi feita pela Eta Star Moçambique, SA, uma “joint-venture” constituída pelo grupo Eta Star (baseado em Dubai) e as empresas moçambicanas Minas do Zambeze e Índico Investments.
Mohamed Sathak, director-geral da empresa, é citado pelo jornal Notícias a dizer que, da quantidade descoberta, 400 milhões de toneladas são classificadas na categoria de ‘quantificadas’ e o resto na categoria de ‘indiciadas’.
Shatak afirmou que as estimativas do carvão existentes foram igualmente comprovadas na área da concessão por uma entidade competente e independente, que para tal, obedeceu aos padrões SAMREC e JORC, que são internacionalmente exigidos em situações similares.
“Grande parte do recurso acha-se a uma profundidade de até 300 metros da superfície, o que o torna acessível à mineração a céu aberto”, disse.
Os dois biliões de toneladas, ainda de acordo com Mohamed Sathak foram descobertos após terem sido perfurados cerca de 37.000 metros, tendo a Eta Star Moçambique utilizado na operação as suas próprias plataformas de perfuração e usado cerca de 50 colaboradores locais a diversos níveis.
Mohamed Sathak disse ainda que a Eta Star Moçambique se encontra empenhada na elaboração de um exaustivo plano de mineração e estudo de viabilidade sobre a exploração do carvão descoberto, o que se espera ver concluído durante 2012.
“Estamos neste momento numa fase avançada de prospecção e pesquisa. Daqui a mais algum tempo vamos começar a produzir. Já identificamos potenciais mercados que incluem a Índia, China e Indonésia. Temo-nos dedicado à compra e venda de carvão, mas pretendemos passar a explorar directamente o carvão na mina em Moçambique”, frisou.
A Eta Star tem também como objectivo, segundo Mohamed Sathak, obter do Governo moçambicano a licença mineira em 2012 e dar início a uma produção mineira de 5 milhões de toneladas, das quais 1.5 milhão toneladas será constituído por carvão de coque metalúrgico e o resto carvão termal.
A empresa já se encontra em negociações com várias entidades tais como autoridades ferroviárias e portuárias, com vista a garantir uma evacuação efectiva do seu produto.