Com a produção de Tommy LiPuna (premiado com um Grammy) e as contribuições de Diana Krall e da banda de Paul McCartney, o novo disco do artista britânico é uma «viagem profundamente pessoal pelas obras clássicas americanas» que, em alguns casos, «o jovem Paul começou por ouvir em casa, interpretadas pelo seu pai, ao piano», detalha a editora em comunicado.
O disco, ainda sem título definido, é algo que Paul McCartney tem vindo a imaginar há mais de 20 anos. «O que acabei por concluir foi que se não fizer isto agora, nunca vou fazer», afirma o músico.
Para além da reinterpretação de temas clássicos, o novo registo discográfico de Paul McCartney inclui duas novas criações originais, no mesmo espírito das músicas que marcaram a sua infância.
«Quando comecei a compor percebi que estas canções estavam muito bem estruturadas e acho que boa parte do que aprendi foi com elas», explica Paul. «Sempre adorei a frescura de artistas, como Fred Astaire, e de compositores, como Harold Arlen e Cole Porter. Simplesmente achava que as suas canções eram mágicas. À medida que me fui tornando compositor, sempre considerei belíssima a maneira como eles fizeram aquelas canções», considera.
Em estúdio, a gravação do disco foi um «novo desafio» para Paul que, pela primeira vez, cantou na cabine de voz sem qualquer instrumento (sem guitarra, baixo e piano).
«Foi tão espontâneo, quase orgânico, que me fez recordar a maneira como trabalhávamos nos Beatles. Trazíamos uma canção, pensávamos um pouco nela e, quando encontrávamos o seu caminho, dizíamos “ok, vamos gravar um ‘take’”». Quando toda a gente tinha ficado com uma ideia do que estávamos a fazer, aprendíamos a canção. E era isso que fazíamos: gravávamos ao vivo, no estúdio», recorda o músico britânico.
O álbum foi gravado no Capitol Studios, em Los Angeles, e ainda em Nova Iorque e em Londres, ao longo de 2011, e será apresentado a 6 de fevereiro.
Eric Clapton e Stevie Wonder participam como convidados, na interpretação das suas canções originais «My Valentine» e «Only Our Hearts», respetivamente.
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