O mistério da longa gravidez dos elefantes foi solucionada pelos cientistas, escreve a BBC.
A resposta está numa excepção biológica que permite à cria desenvolver-se na barriga da mãe elefante durante dois anos, permitindo assim que o bebé elefante possa desenvolver as capacidades cerebrais que lhe garantem a sobrevivência nos primeiros dias de vida.
Cerca de 17 elefantes africanos e asiáticos de jardins zoológicos do Reino Unido, Estados Unidos, Canadá, Austrália e Alemanha foram examinados durante o estudo. As pesquisas mostram que os elefantes têm um ciclo de ovulação único entre os restantes animais.
Imke Luedres, do Instituto Zoológico de Liebniz e Pesquisa Animal em Berlim, na Alemanha, declarou que o longo período de gravidez dos elefantes "deve-se a um novo mecanismo hormonal, que ainda não foi detectado em nenhuma outra espécie animal."
Segundo este investigador, "a importância do estudo da reprodução dos elefantes vai resultar num aumento do conhecimento deste fenómeno, e no futuro no controlo do crescimento destes animais, porque agora já sabemos como funciona a gravidez."
Esta descoberta poderá levar também ao desenvolvimento de um contraceptivo para controlar populações de elefantes e estado selvagem.
Os elefantes são animais altamente sociáveis com um grau de inteligência semelhante ao dos macacos e golfinhos. O seu período de gestação é o mais longo do mundo animal, chegando aos 680 dias.
Os cientistas descobriram agora que graças à longa gravidez os bebés elefantes nascem com um cérebro já desenvolvido que lhes permite entender a complexa estrutura social da manada e a capacidade para se alimentarem com as suas trombas.
SAPO
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