Manter uma vida sexual ativa previne a depressão, ajuda no alívio da enxaqueca e outros males

Por Denise Mello

O sexo sempre esteve associado ao prazer e a reprodução, porém a relação sexual pode trazer benefícios significativos à saúde. Segundo a sexóloga Sara Kreimer, "durante o ato sexual existe a liberação de endorfina e serotonina, hormônios responsáveis pela sensação do prazer e do bem-estar. Com isso, aliviam a ansiedade e os sintomas da depressão e do estresse", afirma.

Essa já é uma ótima notícia, mas os benefícios de uma noite de amor não param por aí. A especialista acrescenta que além dos hormônios já citados muitos outros são liberados durante o ato sexual entre eles a oxitocina, que atua no sistema nervoso e alivia entre outras dores a enxaqueca. "Uma vida sexual ativa e feliz faz toda a diferença na pele e no cabelo de uma pessoa. Mantendo uma prática de duas a três vezes por semana o nível de estrogênio do organismo da mulher é aumentado trazendo viçosidade a essas áreas do corpo", completa.

Confira outros benefícios que o sexo pode trazer a sua saúde:

• Melhora a capacidade pulmonar, pois durante a relação aumentam os níveis de oxigênio e o ritmo da respiração;
• Outro componente do ato sexual é a adrenalina que aumenta a frequência cardíaca. Durante o orgasmo, os vasos sanguíneos são relaxados e sangue corre com mais facilidade, isso diminui o risco de veias entupidas e até de infarto. Com o sangue circulando facilmente problemas como o inchaço e a celulite também são evitados;
• As diversas posições são ótimos exercícios físicos. Fortalecem a musculatura do abdome, glúteos e pernas.

Consultoria: Sara Kreimer é sexóloga, graduada em Psicologia pela PUC/MG, especialista em Sexualidade Humana pela mesma universidade. Professora de sexologia da Universidade Paulista.

TRêS DICAS BÁSICAS PARA UMA VIDA SEXUAL SAUDÁVEL E PRAZEROSA

1. Sexo não se nasce sabendo, aprenda com seu corpo!

Uma das maiores causas de problemas sexuais está na desinformação e na falta de conhecimento do próprio corpo. Se não sei como reajo ao estímulo sexual, quais partes de mim são mais sensíveis ao toque, como poderei tirar maior prazer de mim mesmo e de um parceiro? Busque orientação especializada! Em algum momento, na sua intimidade, vasculhe seu corpo, observe-se no espelho, compare os pontos de seu corpo que mais lhe provocam sensações prazerosas. Para ensinar um parceiro a lhe dar satisfação, é necessário que você o ensine. Não há vergonha alguma em aprender. Geralmente o processo de descoberta e de aprendizado por si só já é bastante afrodisíaco.

2. Não focalize sua atenção no orgasmo e sim, nas sensações!

Se você inicia um envolvimento sexual ansiando logo pelo prazer final, há uma grande probabilidade de haver, cedo ou tarde, alguma forma de frustração, sua e/ou de seu parceiro. A rotina impera! O objetivo passa a ser o fim, e não o meio. No sexo, as coisas não funcionam assim. O orgasmo é o coroamento de um relacionamento sexual, muito desejado, necessário, mas não indispensável em todos os momentos. Por vezes, experimente gratificar seu parceiro, dar-lhe boas sensações, prorrogar ao máximo o clímax dele. Deixe passar essa vez, adie para o próximo encontro. É, sem dúvida, um tempero importante para resgatar o desejo em um casal.

3. O risco como afrodisíaco: limites para a saúde sexual

Buscar sexo em situações proibidas e de risco é uma via de duas mãos. Sabemos que o medo de leve intensidade pode estimular o desejo sexual. No entanto, qual é o limite de exposição a um risco, e em que circunstncias devemos interromper a atividade sexual para não sofrermos danos?