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SAUDE: DOENÇA DE CHAGAS
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De: NATY-NATY (Mensaje original) |
Enviado: 28/10/2009 21:22 |
DOENçA DE CHAGAS
Definição
Doença infecciosa parasitária crônica e generalizada, transmitida ao homem por um protozoário que é encontrado nas fezes do barbeiro. Esses insetos vivem geralmente, no interior de casas pobres que tem paredes e tetos com buracos, frestas ou rachaduras, por onde esses insetos podem esconder-se de dia, e sair à noite para picar o homem de preferência no rosto. Popularmente os mosquitos são chamados de: chupança, procotó, e bicho-de-parede. Quando a doença afeta a criança na primeira infncia o prognóstico é mais reservado, porque a criança pode sofrer um ataque agudo do coração como também pode acarretar alterações no sistema nervoso. Nos adultos infectados que não tiveram tratamento raramente conseguem sobreviver além dos 50 anos.
Histórico
Foi diagnosticada pela primeira vez por Carlos Chagas em 1907, que descobriu o protozoário nas fezes do barbeiro, insetos hematófagos, que invadiam as casas de choupana em Minas Gerais, local onde ele estava desenvolvendo uma campanha contra a malária.
Agente etiológico
Protozoário Trypanosoma cruzi; da ordem dos Kinetoplastida; família dos Trypanosomatídeo; do gênero Trypanosoma; classe Mastigophora.
Fisiopatologia
Quando os parasitas penetram no organismo humano invadem as células teciduais e se transformam em amastigotas, esses rompem as células parasitadas e a maioria se transforma em tripomastigotas, conseguindo entrar na corrente sanguínea e linfática, daí seguindo para outros orgãos, penetrando nas células e transformando-se em amastigotas, e fazendo de novo todo o ciclo de multiplicação. Os parasitas conseguem destruir as células do sistema nervoso autônomo e central, células ganglionares, células do tecido cardíaco, células hepáticas e de vários outros órgãos, medula óssea, sangue e músculos.
Incidência
- No Brasil a doença se encontra mais concentrada na zona rural, principalmente em casas construídas com barro “pau-a-pique” ou cobertas de sapé.
- Quanto mais ocorre precariedade das habitações maior a incidência de adquirir a doença.
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- Os Estados de Minas Gerais, Mato Grosso, e os Estados da região Nordeste são os que tem mais casos da doença.
- No Brasil calcula-se que existam mais de 5 milhões de pessoas infectadas.
- É uma doença mais disseminada na população de baixo nível sócio-econômico.
Fonte de infecção
O homem e outros animais como cão, gato, rato doméstico, morcego e outros.
Período de incubação
Em média de 3 a 14 dias.
Transmissão
- Pela fezes do barbeiro. Depois que pica e suga o sangue humano, o barbeiro contamina o local da picada com suas dejeções, as fezes contaminadas pelos protozoários penetram no organismo pelo local da picada, principalmente quando o indivíduo coça o local por causa da irritação, ocasionando uma porta de entrada para o protozoário. A porta de entrada pode ser a pele ou os parasitas podem penetrar pela conjuntiva do olho caso a pessoa coce o olho com os dedos contaminados pelas fezes do barbeiro;
- Por transfusão de sangue caso o banco de sangue não faça os testes exigidos por lei;
- A transmissão pode ser também congênita, caso a mãe esteja infectada, ela pode transmitir a doença para criança ou pelo sangue durante a gravidez ou pelo leite materno após a gravidez.
Sinais e sintomas
Fase Aguda:
- pirexia;
- mal-estar geral;
- prostração;
- anorexia;
- na maioria aparece o edema palpebral ou facial;
- hepatomegalia;
- chagomas primários ( furúnculos dolorosos à pressão, saliente, permanecem durante 2 a 3 semanas desaparecendo gradativamente);
- meningoencefalites que evoluem rapidamente e em poucos dias em sua maioria levam à morte, afetam mais as crianças.
Depois de algumas semanas todos os sintomas desaparecem gradativamente:
Fase Indeterminada:
São os assintomáticos com testes positivos como: isolamento do tripanosoma por xenodiagnóstico ou hemocultura e reações sorológicas para a Doença de Chagas, mais que não apresentam sintomas, a maioria pode viver toda a vida sem nunca apresentar sintomas da doença.
Fase Crônica: sintomas que aparecem depois de vários anos ou décadas, sendo que em alguns casos pode chegar a 20 anos após a infecção.
- alterações cardíacas: arritmia extra-sistólica, taquicardia,cardiomegalia acentuada, hipotensão, insuficiência cardíaca, miocardiopatia inflamatória;
- alterações digestivas: dificuldade de deglutição, regurgitação, dor epigástrica, tosse, disfagia, obstipação intestinal grave, hepatomegalia, megaesôfago, megacólon, megaduodeno, emagrecimento;
- dispnéia e soluços.
Diagnóstico
Exame Físico;
- Exame clínico;
- Exames laboratoriais;
- Testes sorológicos (pesquisa de anticorpos específicos contra o vírus);
- Reação de Machado-Guerreiro;
- Punção lombar;
- Sinal Romaña positivo (edema bipalpebral, unilateral, com adenite satélite pré-auricular, coloração róseo-violácea);
- Chagoma cutneo (lesão focal, máculo-nodular, arroxeada ou eritematosa, consistente, descamativa).
Obs: o Sinal de Romaña (olho) e Chagoma cutneo (pele) indicam a porta de entrada do parasita no corpo.
Diagnóstico diferencial (para não ser confundida com as seguintes doenças com sintomas semelhantes)
- Mononucleose infecciosa.
- Leishmaniose Visceral.
- Brucelosa.
- Toxoplasmose.
- Glomerulonefrite.
- Esquistossomose mansônica.
Tratamento
Específico : tratamento medicamentoso indicado pelo médico para a fase aguda; para a fase crônica a maioria dos medicamentos mostrou-se ineficaz, ocorrendo recidivas espontneas das alterações clínicas;
Sintomático: conforme os sintomas e intercorrências apresentadas para a fase crônica.
Complicações
- Miocardite crônica, evolutiva e fibrosante.
- Cardiomegalia grave (aumento do coração).
- Acidente Vascular Encefálico (AVE).
- Megacólon.
- Megaesôfago.
- Insuficiência Cardíaca Congestiva (ICC).
- Meningoencefalite (recém-nascidos e crianças pequenas).
Profilaxia
Medidas Sanitárias
- Notificação Obrigatória às Autoridades Sanitárias;
- profilaxia da transmissão por transfusão de sangue é feita pela rejeição de candidatos a doadores com sorologia positiva para a doença de Chagas;
- campanhas de prevenção à população em locais endêmicos;
- combate ao vetor nos domicílios através de inseticidas com a ajuda de uma bomba aspersora;
- borrificação das casas com inseticidas em áreas endêmicas.
Medidas Gerais
- uso de telas em janelas e portas;
- uso de mosquiteiro;
- substituir casas de “pau-a-pique” por casas de alvenaria e rebocar as paredes.
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