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SAUDE: HERPES ZOSTER
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De: NATY-NATY (Mensaje original) |
Enviado: 28/10/2009 21:27 |
HERPES ZOSTER
Definição
Doença infecciosa, contagiosa e dolorosa, causada pelo mesmo vírus da varicela que acomete nervos, gnglios e pele, decorrente da reativação do vírus latente no adulto, que provoca o aparecimento de erupções vesiculares extremamente dolorosas ao longo da via dos nervos periféricos para a pele. O vírus do herpes-zoster é reativado também nos pacientes imunocomprometidos, portadores de doenças crônicas e pacientes com neoplasias. Particularmente nos pacientes com o vírus da AIDS, a doença que é geralmente benigna pode apresentar uma evolução grave e em alguns casos fatal.
Sinonímia
É uma doença também conhecida popularmente pelos seguintes nomes:
Agente etiológico
Vírus Varicella-Zoster; família Herpetaviridae; vírus RNA.
Incidência
- Ocorre mais em adultos.
- A maioria dos adultos são imunes ao herpes zoster, pois já adquiriram os anticorpos quando tiveram varicela na infncia.
- O vírus do herpes zoster tem estreita ligação em pacientes com doenças neoplásicas (cncer) e a AIDS.
- Pacientes com HIV positivo, tem uma grande predisposição para adquirir herpes zoster.
- Só tem herpes zoster quem já teve varicela.
Fisiopatologia
Quando o vírus é ativado, em alguns casos por fatores desconhecidos, se multiplicam e migram pelas terminações nervosas, dando às lesões uma característica serpenteante ou em outros casos podem apresentar lesões isoladas. Após um período de 24 horas ou mais, começam a aparecer sobre as lesões, vesículas arredondadas que depois de 5 a 6 dias começam a romper, secar e se transformar em crostas amarelas escuras, resultantes da necrose local da pele. se as lesões atingirem só a região da epiderme não haverá cicatrizes, mas se atingir mais profundamente a derme pode ocorrer cicatrizações dependendo do grau de ulceração das lesões. Geralmente ataca o nervo trigêmeo próximo da orelha até a testa, no tórax segue pelos espaços intercostais começando pela região da espinha seguindo em direção ao esterno, também pode atacar o ramo oftálmico do nervo trigêmeo, a região da nuca e a região genital até a raiz da coxa. Após a fase de disseminação hematogênica em que atinge a pele, o vírus segue pelos nervos periféricos até os gnglios nervosos onde permanece em latência por toda a vida do indivíduo.
Reservatório
O homem.
Período de duração
Em média de 4 a 6 semanas
Período de incubação
Em média de 7 a 21 dias quando pode aparecer uma febre rápida, nesse período.
Fatores de risco ( fatores que podem exercer efeito ativante sobre o vírus latente no organismo)
- Diabetes.
- Stress.
- Lesões do sistema nervoso.
- Distúrbios neuropsíquicos.
- Leucemia.
- Traumatismos.
Localização
- região torácica (53%);
- região cervical (20%);
- região do nervo trigêmeo (15%);
- região lombossacra (11%).
Formas clínicas
- herpes zoster hemorrágico: quando as vesículas contém sangue proveniente de pequenos vasos lesados.
- herpes zoster gangrenoso: as vesículas se transformam em ulcerações profundas.
- herpes zoster oftálmico: quando atinge o ramo oftálmico do nervo trigêmeo se não for tratada pode levar à cegueira.
- Síndrome de Ramsay-Hunt: comprometimento do gnglio geniculado, lesão no pavilhão auricular e conduto auditivo; perda da sensação gustativa nos 2/3 anteriores da língua e hemiparesia facial.
Sinais e sintomas
Período Prodrômico
- febre discreta;
- cefaléia;
- prurido ou sensibilidade local;
- irritabilidade;
- mal-estar geral e indisposição;
- aumento do tamanho dos gnglios linfáticos;
- distúrbios gastrointestinais;
- sensação de picadas, formigamento, e queimação no local onde aparecerão as lesões.
Período Exantemático
- erupções cutneas e vesiculares sobre uma base eritematosa unilateral, agrupadas ao nível da inervação de um ramo nervoso, acompanhada de dor irradiando por todo o trajeto do nervo atingido;
- dor que pode variar de intensidade, oscilando entre a dor moderada até o ponto da dor se tornar insuportável, com a sensação de uma forte queimadura durante e depois das erupções.
Período de Convalescença
- após a ruptura das vesículas (4 a 5 dias) há formação de crostas, que se desprendem e deixam uma mancha escura. Pode persistir dor no local por algum tempo.
Diagnóstico
- Exame físico.
- Exame clínico (pelas características das lesões).
- Exames laboratoriais.
- Testes sorológicos (pesquisa de anticorpos específicos contra o vírus).
- Testes virológicos (isolamento viral por inoculação em culturas celulares).
Diagnóstico diferencial (para não ser confundida com as seguintes doenças com sintomas semelhantes)
- Varíola.
- Eczema vaccinatum.
- Eczema herpético.
- Rickettisiose variceliforme.
- Impetigo.
- Infecção por vírus coxsackie.
Tratamento
O objetivo do tratamento é eliminar a dor e prevenir infecções secundárias.
- Sintomático: conforme os sintomas apresentados e suas intercorrências sob indicação médica.
- Analgésicos são indicados para aliviar a dor, sob prescrição médica.
- Antibióticos são utilizados para evitar infecções secundárias das vesículas, sob indicação médica.
- Anti-inflamatórios sob prescrição médica são indicados para evitar inflamações.
- Soluções anti-sépticas nas lesões ajudam a prevenir infecções. Pomadas analgésicas ou com antibióticos também são usadas para evitar a contaminação bacteriana.
- Talcos antipruriginosos após o banho alivia o prurido.
- Uma vez tendo o herpes zoster o paciente adquire imunidade.
- Ao tratar o paciente deve-se utilizar luvas, máscara e gorro.
Obs: Quanto mais precoce o diagnóstico e mais rápido seja implementado o tratamento, menor será a destruição do nervo e menos o paciente sofrerá com a dor pós-herpética.
Complicações
- Nevralgia pós-herpertica (NPH - dor persistente que permanece por 4 a 6 semanas, mas em alguns casos pode permanecer por vários meses, logo após a erupção cutnea);
- Encefalite;
- Paralisia facial periférica quando há o envolvimento do VII par craniano;
- Arterite granulomatosa;
- Quando ocorre herpes zoster oftalmica pode resultar em inflamações, ulcerações podendo evoluir até chegar a cegueira.
- Em pacientes com HIV positivo as complicações são as seguintes: retinite, necrose aguda da reetina, encefalite progressiva.
Cuidados gerais
- lavar as mãos sempre ao entrar em contato com o paciente;
- não se deve manter contato com o líquido das vesículas;
- evitar tocar as lesões, furar as bolhas e arrancar as crostas.
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