|
SAUDE: LEISHMANIOSE VISCERAL CALAZAR
إختار ملف آخر للرسائل |
جواب |
رسائل 1 من 1 في الفقرة |
|
من: NATY-NATY (الرسالة الأصلية) |
مبعوث: 28/10/2009 21:29 |
LEISHMANIOSE VISCERAL CALAZAR
Definição
É uma zoonose (doença de animais) característica de canídeos e roedores, típica das áreas tropicais. A doença é transmitida ao homem pelas fêmeas dos mosquitos do gênero Phlobotomus, conhecidos popularmente no Nordeste por cangalhinha, cangalha, orelha-de-veado, e no Sul, por birigui ou mosquito palha. É uma doença própria da zona rural, é endêmica de evolução subaguda ou crônica, distribuída mundialmente, que se não for tratada pode evoluir e chegar ao óbito. O nome da doença Leishmaniose visceral deve-se ao quadro clínico ser predominantemente interno com grande aumento do baço e fígado, aumento do volume dos gnglios, forte palidez da pele e mucosas. As transformações e agressão ao meio ambiente como o desmatamento indiscriminado a migração do homem rural para as periferias da cidade, condições precárias de habitação e do saneamento, estão contribuindo para a expansão e urbanização da doença.
Agente etiológico
Protozoário da família Trypanosomatidae; gênero Leishmania; espécie donovani. As Leishmanias são parasitas intracelulares obrigatórios, que se reproduz dentro do sistema fagocítico dos mamíferos.
Fisiopatologia
Após a picada do flebótomo infectado, as leishmanias penetram na derme sob a forma promastigota, depois invadem a corrente sanguínea, transformando-se em amastigota no interior das células do sistema fagocítico monocitário (SFM) - macrofágos e monócitos - onde deveriam ser destruídos, mas por um processo ainda não conhecido o amastigota invade e multiplica-se no macrófago que deveria eliminá-lo parasitando-o. As células parasitadas se rompem liberando os protozoários que são fagocitados pelos macrófagos, fechando assim o ciclo. Essas células parasitadas entram na circulação levando as leishmanias para as vísceras. As manifestações clínicas são mais evidentes nos orgãos em que o Sistema Reticulo Endotelial (SRE) é mais presente como o fígado, a medula óssea e o baço.
Incidência
- Tem maior incidência nos meses de julho a setembro após as chuvas.
- Ocorre mais na população adulta masculina, mas no Brasil está ocorrendo mais na população infantil.
- Ocorre mais em caratér endêmico.
- No continente americano o maior número de casos ocorre no Brasil.
- 90% dos casos não tratados evoluem para o óbito.
- 90% dos casos são encontrados na zona rural.
- No Brasil ocorre mais em áreas de várzeas ao lado dos leitos dos rios.
- No Brasil a maioria dos casos estão abaixo dos 15 anos de idade.
- 90% dos casos no Brasil ocorrem no Nordeste nos estados do Ceará, Piauí e Bahia, sendo que o estado de Minas Gerais também registra muitos casos da doença, também é encontrado casos no Maranhão.
Fonte de infecção
Homem e o cão são os mais comuns no Brasil, e em alguns casos os carrapatos também são fontes de infecção. Os insetos contaminam-se sugando o sangue ou ingerindo parasitas presentes na pele de pessoas ou animais infectados.
Reservatório
Cão, o gato e o próprio homem infectado. O cão é o principal reservatório no Brasil e a raposa é o único reservatório silvestre conhecido no Brasil.
Período de incubação
O período varia em média entre 2 a 4 meses, mas foram constatados períodos mais longos (30 meses) ou períodos mais curtos como 10 dias podem ocorrer.
Período de transmissibilidade
Enquanto houver protozoários no sangue, que persistem na maioria dos casos mesmo depois do tratamento.
Transmissão
- Através da picada de flebótomos fêmeas (mosquitos hematófagos).
- O homem contaminado também pode transmitir a doença para os mosquitos não infectados quando é picado.
- É possível também a transmissão congênita, por contato sexual ou por transfusão de sangue.
Tipos
- Indiano ou clássico calazar.
- Mediterrneo ou calazar infantil.
- Neotropical ou calazar americano.
- Sul da URSS.
- Sudanês ou calazar sudanês.
Sinais e sintomas
Os sintomas aparecem subítamente ou gradualmente, conforme a evolução da doença, fazendo com que o paciente procure o médico quando a doença já esta numa fase mais adiantada e mais complicada:
Período Prodrômico:
- febre irregular;
- tosse seca;
- diarréia;
- sudorese;
- sonolência;
- perda de peso com emagrecimento moderado;
- palidez;
- prostração;
- distúrbios gastrointestinais ( diarréia, desinteria ou obstipação);
- anorexia causando um emagrecimento rápido;
- aumento moderado da área abdominal causada pela hepatoesplenomegalia (aumento do volume do fígado e baço);
Obs: Em alguns casos esses sintomas persistem em média de três a seis meses, sem necessidade de tratamento específico, esse processo é chamado de infecções subclínicas ou oligossintomáticos.
Período Clássico:
- micropoliadenia (gnglios duros, indolores e móveis);
- alopecia;
- adinamia;
- epistaxe;
- gengivorragias;
- mialgia;
- palidez;
- taquicardia;
- edema;
- hepato-esplenomegalia acentuado (aumento do volume do fígado e baço);
- pele ressecada;
- apatia ou agitação;
- anemia;
- tosse sem expectoração, irritante e seca;
- alterações do aparelho digestivo: estomatite, língua saburrosa, náuseas, vômitos;
Casos Graves Ocorre:
- edema dos MMII e MMSS (mãos e pés);
- palidez acentuada;
- cílios alongados;
- deambulação vagarosa;
- diarréia;
- alopecia;
- em alguns casos o paciente pode se queixar que os cabelos estão secos e quebradiços com clássico sinal de bandeira ( cabelos com duas ou três colorações distintas);
- ascite;
- anemia grave;
- emagrecimento com sinais de caquexia;
- abdome protuso e volumoso por causa do acentuado quadro da hepatoesplenomegalia;
Casos Gravíssimos Ocorre:
- anemia intensa;
- dispnéia ao mínimo esforço;
- sopro sistólico e insuficiência cardíaca;
- pneumonia intersticial;
- hipoalbuminemia;
- emagrecimento caquético;
- hepatoesplenomegalia gigante e indolor;
- linfadenomegalia generalizada;
- hemorragia intensas que podem levar o paciente a óbito.
Manifestações clínicas no cão
O cão infectado apresenta os seguintes sintomas: emagrecimento, lesões cutneas com queda de cabelos, nódulos com ulcerações mais a nível de focinho,orelhas, cauda e articulações; em fase mais adiantada da doença aparece conjuntivite, edema das patas, unhas longas, apatia, emagrecimento acentuado e pêlos eriçados, sangue nas fezes, cegueira e paralisia nas pernas traseiras.
Deve-se sacrificar o cão doente caso o exame seja positivo para a doença, porque ele é considerado uma fonte de infecção, caso o mosquito pique o cão e depois pique o homem.
Fatores de risco
- morar ou viajar para área endêmicas;
- morar em locais de várzeas, boqueirões ou pés de serras;
- presença de cães com aspecto doentio perto de sua habitação;
- existência de flebótomos no seu domícilio.
Diagnóstico
- Anamnese.
- Exame físico.
- Exame clínico.
- Exames laboratoriais.
- Teste de Montenegro.
- Teste de ELISA.
- Reação de Napier ou formol-gel (o soro do paciente desprovido de hemácias se gelifica e fica opaco, se acrescentar o formol).
- Punção da medula óssea para aspiração do LCR.
Diagnóstico diferencial (para não ser confundida com as sequintes doenças com sintomas semelhantes)
- Malária.
- Hanseníase.
- Febre tifóide.
- Tuberculose miliar.
- Esquistossomose mansônica crônica.
- Abcesso hepático.
- Brucelose.
- Toxoplasmose.
- Histoplasmose generalizada.
- Mononucleose infecciosa.
- Leucemia.
- Salmonelose septicêmica prolongada.
Tratamento
- Específico: a base de derivados de antimonias pentavalentes são as drogas mais usadas sob indicação médica.
- Medicamentos antifúngicos orais também estão sendo testados atualmente.
- É uma doença que necessita de hospitalização imediata para reverter o quadro.
- Depois da alta hospitalar o paciente deve ser acompanhado pelo menos por 12 meses para não haver recaídas.
Obs: Sem tratamento na maioria dos casos, a doença pode evoluir até o óbito. As causas de óbito mais frequentes são: broncopneumonia, septicemia, gastroenterite, caquexia, hemorragias agudas, coagulopatias pós-transfusionais.
Complicações
- Otite.
- Inflamação e ulceração de gengiva e palato.
- Broncopneumonia.
- Infecções bacterianas secundárias da pele.
- Glomerulonefrite proliferativa mesangial difusa, segmentar ou focal.
- Cirrose.
- Anasarca.
- Anemia grave.
- Septicemia causada por infecções secundárias, principalmente a broncopneumonia.
- Tuberculose pulmonar.
- Pneumonia bacteriana.
- Insuficiência renal em alguns casos com evolução para isquemia renal.
Profilaxia
Medidas Sanitárias
- Notificação Compulsória às Autoridades Sanitárias;
- eliminação dos cães doentes e os roedores;
- pesquisa de cães infectados por Leishmanias donovani;
- pulverizar com inseticidas DDT as zonas endêmicas;
- controle de vetores;
- controle de cães vadios;
- vacinas anti-leishmaniose estão em plena fase de desenvolvimento;
- campanhas de prevenção à população em áreas endêmicas;
- educação sanitária à população da região com risco endêmico.
Medidas Gerais
- colocar telas nas janelas e portas em regiões endêmicas;
- uso de repelentes e mosquiteiros em regiões endêmicas.
|
|
|
أول
سابق
بدون إجابة
لاحق
آخر
|
|
|
|
|
©2025 - Gabitos - كل الحقوق محفوظة | |
|
|