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SAUDE: SARAMPO
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De: NATY-NATY (Mensaje original) |
Enviado: 28/10/2009 21:34 |
SARAMPO
Definição
Doença infecciosa contagiosa aguda, provocada por um vírus que se espalha por todo o corpo e afeta principalmente o aparelho respiratório. É uma das doenças que mais causam mortes em crianças menores de 2 anos no Brasil. Em países subdesenvolvidos, a mortalidade do sarampo é muito maior. Foi descoberta em 1670, por Thomas Sydenham, que reconheceu as diferenças entre a varíola e o sarampo. A doença é de distribuição universal, mas que pode ser erradicada com vacinação em massa da população infantil. A incidência, evolução e a letalidade pode ser influenciada pelo clima, condições sócio-econômicas, além do estado nutricional e imunitário de cada hospedeiro. A imunidade dos lactentes dura até o 4º e 5º mês de vida.
Agente etiológico
Paramyxovírus; família Paramixoviridae; gênero Morbillivirus; espécie sarampo. É um vírus ARN com um dimetro de 120 a 250 nanômetros.
Incidência
- Atualmente está havendo aumento da doença em crianças na fase pré-escolar.
- São necessários altos níveis de imunidade da população para interromper a transmissão da virose.
- Ocorrem mais em crianças menores de 5 anos de idade e com mais de seis meses de idade.
- Relativa freqüência de ocorrência do sarampo em crianças vacinadas, esse insucesso da vacina pode estar relacionado ao manuseio inadequado da vacina, estocagem errada da vacina ou falhas primárias de vacinação.
Fisiopatologia
Quando são aspirados o vírus do sarampo invade as células epiteliais respiratórias, seguindo para os gnglios linfáticos regionais. Após a multiplicação nestes gnglios,uma pequena quantidade do vírus invade a corrente sanguínea, dando origem à viremia do sarampo.que é uma intensa replicação viral nos tecidos do fígado, baço, médula óssea, placas de Peyer. Após o quinto dia de infecção inicia a viremia secundária, o vírus alcança o pulmão, pele, sistema nervoso central (SNC), sendo levado pela corrente sanguínea, esse período dura em média de 10 a 12 dias para só depois iniciar os sintomas da doença.
Fonte de infecção
O próprio doente.
Reservatório
O homem.
Período de incubação
Em média de 7 a 12 dias a partir do contágio.
Período de incubação
Em média de 7 a 12 dias a partir do contágio.
Período de transmissibilidade
É transmissível 72 horas antes do período prodrômico e não transmite mais 4 a 5 dias depois do aparecimento das erupções.
Transmissão
Direta: através do contato direto pelas vias superiores altas (espirro, fala,tosse, saliva e secreções catarrais) ocorrendo transmissão também pelo contato com as secreções acumulada nos olhos .
Formas clínicas
- sarampo hemorrágico;
- sarampo abortivo;
- sarampo vesiculoso;
- sarampo hipertóxico.
Sinais e sintomas
Período Prodrômico ou Catarral (nesse período a doença pode ser confundida com uma gripe):
- febre alta;
- mal-estar geral;
- coriza;
- rinofaringoamigdalite;
- fotofobia;
- conjuntivite;
- tosse produtiva com coriza;
- dificuldade de ingestão;
- estomatite;
- Sinal de Koplik (pequenos pontos brancos, rodeadas de uma zona vermelha, que se agrupam na mucosa interna das bochechas);
Período Exantemático:
- piora dos sintomas acima, acrescidos de prostração;
- conjuntivite intensa e acompanhada de secreção muco-purulenta;
- aparecimento do exantema (lesões maculopapular generalizada) característico da doença, por todo o corpo no sentido cefalo-caudal;
- secreções das vias respiratórias superiores e dos pulmões aumenta a produção do muco;
- voz rouca;
- faringe e boca inflamadas, dificultando a ingestão de alimentos sólidos.
Período de Descamativo
- nesse período as manchas escurecem e surge a descamação fina;
- febre e a tosse diminuem sensivelmente.
Casos graves pode ocorrer:
- otite purulenta;
- febre alta;
- diarréia;
- vômitos e anorexia que pode levar à desidratação principalmente em crianças desnutridas.
Obs. No período exantemático é que surge as complicações sistêmicas do sarampo que em alguns casos, pode deixar seqüelas no doente.
Diagnóstico
- Exame físico.
- Exame clínico.
- Exames laboratoriais.
- Presença do Sinal de Koplik.
- Testes sorológicos (pesquisa de anticorpos específicos contra o vírus).
- Testes virológicos (isolamento viral por inoculação em culturas celulares).
Diagnóstico diferencial (deve ser feito para não ser confundida com as seguintes doenças com sintomas iniciais semelhantes)
- Gripe (no período inicial).
- Exantema súbito.
- Síndrome de Kawasaki.
- Meningococcemia.
- Febre maculosa.
- Mononucleose infecciosa.
- Doença do soro.
- Toxoplasmose.
- Enteroviroses exantemáticas.
- Escarlatina.
- Rubéola.
- Eritema infeccioso.
- Sífilis secundária.
- Rriquetsioses.
- Dengue.
- Roseola infantum.
Tratamento
- Específico: tratamento medicamentoso não existe.
- Sintomático: conforme os sintomas apresentados e suas intercorrências.
- Isolamento respiratório domiciliar, para evitar infecções cruzadas, porque trata-se de uma doença contagiosa principalmente pelas vias aéreas superiores.
- Repouso no leito.
- Dieta líquida ou branda.
- Higiene corporal adequada para prevenir infecções bacterianas.
- Banhos refrescantes.
- Álcool canforado é indicado para aliviar o prurido (coceira).
- Antitérmicos para diminuir a hipertemia sob indicação médica.
- Antibióticos as vezes são receitados para evitar complicações, sob prescrição médica.
- Diminuir a iluminação do quarto, se os olhos estiverem irritados.
- Administração por via oral da vitamina A, sob indicação médica.
- Medicamento a base de soro fisiológico para desobstruir as narinas e a limpeza das secreções oculares.
- Hospitalização nos casos em que surgem complicações.
Obs: Em alguns casos o sarampo pode ser confundido com uma gripe, causando a broncopneumonia em crianças menores de 5 anos, sendo necessário a internação. Em alguns casos a pele fica azulada (cianose), por causa do problema respiratório, fazendo com que as manchas do sarampo não fiquem muito visíveis. Essa complicação é chamada popularmente de sarampo recolhido, sendo uma das causas principais do óbito de crianças, relacionada ao sarampo.
Complicações
As complicações ocorrem mais em crianças com baixa idade e desnutridas, pessoas portadoras de imunodeficiências, gestantes e em recém-nascidos. Em pessoas que estão com tuberculose, mas que ainda não foram tratadas, o sarampo agrava mais a tuberculose pulmonar.
- Otite média.
- Desidratação.
- Meningite.
- Bronquiolites.
- Traqueobronquites.
- Pneumonias bacterianas, que pode evoluir até o derrame pleural.
- Laringites obstrutiva (crupe do sarampo).
- Polirradiculite.
- Encefalite.
- Desnutrição e desidratação grave.
- Miocardite.
- Estomatite.
- Gastrenterite.
- Sinusite.
Complicações na gravidez
A mulher grávida que adquiriu o sarampo deve ficar em repouso para evitar as complicações. No feto, dependendo do período da gravidez pode ocorrer:
- aborto espontneo;
- parto prematuro;
- morte do feto em casos rarissímos.
Portanto é imprescindível que a mulher grávida não entre em contato de maneira nenhuma com doentes de sarampo ou com qualquer outro paciente portador de doença contagiosa. Mesmo que o paciente esteja no final do tratamento ou que esteja em período de convalescença, pois algumas doenças contagiosas ainda são transmissíveis, mesmo depois de terminado o tratamento, principalmente pelas vias aéreas superiores.
Sequelas
- Panencefalite esclerosante subaguda (complicação rara e fatal que acomete o SNC após 7 anos da doença).
- Cegueira.
- Síndrome da má-absorção.
- Surdez.
Profilaxia
Medidas Sanitárias
- Notificação Compulsória às Autoridades Sanitárias;
- Vacinação: 1ª dose aos 9 meses +1 dose de reforço. No Brasil se usa mais a vacina Schwartz atenuada de vírus vivos;
- Campanhas de prevenção para a população contra o sarampo.
- A vacina contra o sarampo pode dar em algumas pessoas susceptíveis uma infecção sarampenta atenuada e é frequente o aparecimento de febre após 5 a 10 dias da vacinação. A vacina contra o sarampo dá uma soroconversão de 98% dos casos (IH).
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