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FILOSOFIA: Em que consiste o método que «ensina a seguir a verdadeira ordem?»
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Da: NATY-NATY  (Messaggio originale) Inviato: 01/11/2009 18:33

Em que consiste o método que «ensina a seguir a verdadeira ordem?» Como caracterizá-lo?

«Quanto ao método, entendo por tal regras certas e fáceis, cuja observação exacta fará que qualquer pessoa nunca tome nada de falso por verdadeira, e que, sem despender inutilmente o mínimo esforço de inteligência, chegue, por um aumento gradual e contínuo da ciência, ao verdadeiro conhecimento de tudo o que for capaz de conhecer».

Regra IV

Essas regras, que pressupõem como facilmente verificamos, o que anteriormente ficou expresso (I Regra), ou seja, uma ordem universal e única da natureza e, portanto, a unidade da ciência – são enunciados por Descartes na II parte do Discurso, e duma maneira clara e precisa.

As regras cartesianas são a regra evidência, da análise, da síntese e da enumeração.

A primeira afirma que só é verdadeiro aquilo que se apresenta à razão como evidente, como impossível de ser posto em dúvida; o que só acontece com as ideias claras (isto é, suficientemente nítidas para não serem confundidas com quaisquer outras) e distintas (isto é, aquelas cujo conteúdo comporta todos os elementos que efectivamente lhe pertencem).

É para que não tomemos por verdadeiras senão as ideias claras e distintas, as ideias evidentes, há que evitar a precipitação e a prevenção, ou seja, a irreflexão e os preconceitos, o que nos obriga a sermos simultaneamente prudentes e audazes, sujeitando-as todas, necessária e previamente, ao filtro, ao exame, ao tribunal da dúvida.

A segunda regra, que consiste «em dividir cada uma das dificuldades que tivesse de abordar no maior número de parcelas que fossem necessárias para melhor resolver» é, como facilmente verificamos, um processo regressivo do pensamento que caminha dos efeitos às causas, das consequências aos princípios, numa palavra, é a descoberta da hipótese. Aliás, nós conhecemo-lo de o usarmos na matemática onde frequentemente «pões em equação» as posições desconhecidas cuja veracidade procuramos demonstrar ligando-as a outras que já conhecemos e mostramos serem os princípios que as explicam. Da análise matemática Descartes reteve exactamente isso: a determinação das desconhecidas. Em suma, a análise é o grande processo inventivo e Descartes foi a aperceber-se do seu imenso valor.

Encontrados os princípios, as «naturezas simples» explicativas e fundamentadoras das ideias complexas de que partíramos, é naturalmente necessário percorrer um caminho inverso, de tal maneira que, partindo da intuição do simples, caminhemos, por dedução progressiva, até chegarmos até chegarmos ao mais complexo.

Se a análise é o grande processo inventivo, pois ela permite chegar às ideias evidentes, e portanto verdadeiras, que suportam todas as outras, a síntese, que supõe feita a análise e descobertos esses princípios, é mais fácil de seguir, pois parte do simples para o complexo, e, como tal, é mais «própria para convencer os leitores teimosos e pouco atentos». Todavia «ela obtêm o consentimento do leitor, mas não ensina o método pelo qual a coisa foi inventada».

Porém, Descartes sabia e afirmava os limites do nosso espírito, a impossibilidade de tudo apreendermos ou intuirmos simultaneamente, a necessidade de deduzirmos caminhando lentamente.

Quer isto dizer que se torna necessário praticarmos encadeamentos por vezes longos de intuições sucessivas que a nossa razão não consegue abranger simultaneamente. Para o que se torna indispensável certificarmo-nos de que todas as relações necessárias foram estabelecidas, não houve saltos indevidos, a cadeia das razões foi respeitada. E aqui podemos recorrer à memória que fará “desfilar” perante o nosso espírito as imagens dos elementos de que nos servimos ao raciocinar, fornecendo-nos como que os “esqueletos” do nosso próprio pensamento.

É exactamente este o sentido da última regra que «recomenda a enumeração exaustiva de todas as condições necessárias à solução do problema, quer, no sentido horizontal, os diversos elementos encadeados, quer, no sentido horizontal, os diversos graus intermediários – os diferentes casos ou diferentes momentos da dedução» (J. Laporte – Le Rationalisme de Descartes).

É de referi que, não nos seria possível compreender estes processos de pensamento se nos esquecêssemos que eles se implicam mutuamente, porque têm, afinal, um objectivo único, que é dar ao homem a intuição da verdade.

«Só a intuição dá a certeza; não há ciência para quem não usar a intuição. É preciso ver; mas para ver claro naquilo que é complexo é preciso ordenar os seus elementos; e para ordenar os elementos é necessário, previamente, tê-los à disposição, retê-los e ter deles a representação. A intuição supõe a dedução (analítica ou sintética), e a dedução supõe, por sua vez, a acção da imaginação e da memória, a enumeração»

P. Landormy – OB. Cit

Com isto, podemos concluir que, o método cartesiano é universal na sua aplicação; fecundo nos seus pensamentos; matemático na sua inspiração, no modelo que preconiza.

 



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