A FAI
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Bandeira Vermelha e negra da FAI.
Durante os anos de Miguel Primo de Rivera, muitos dos líderes da CNT começaram a expor visões "moderadas", mantendo ostensivamente a perspectiva anarquista mas sustendo que o cumprimento das esperanças anárquicas não se venderia imediatamente. A Federação Anarquista Ibérica (FAI) foi formada em 1927 para combater esta tendência.
Sua organização esteve baseada sobre grupos pequenos de ativistas autônomos. A FAI permaneceu como uma organização secreta, incluindo depois do reconhecimento de sua existência dois anos depois de sua formação. Sua natureza torna dificil julgar a extensão numérica de seus membros. Estima-se que os membros da FAI logo antes da revolução rondava entre os 5.000 e 30.000. A quantidade de membros incrementou drasticamente durante os primeiros meses da Guerra Civil.
A FAI não foi idealmente libertária, sendo dominada por militantes como Juan García Oliver e Buenaventura Durruti. Sem dúvida, esta não era autoritária em seus métodos reais; era permitida a liberdade de desentendimento para seus membros. A organização total da FAI na verdade era muito relaxada, ao contrário do que significava o modelo de "aliança" de Bakunin.
A FAI foi militantemente revolucionária, com ações que incluíam roubos de bancos para aquisição de fundos, e a organização de greves gerais, mas as vezes chegou a ser mais oportunista. Apoiou esforços moderados contra a ditadura de Rivera, e em 1936, contribuiu para o estabelecimento da Frente Popular. Por aquele tempo em que as organizações anarquistas começaram a cooperar com o governo republicano, a FAI foi convertendo-se essencialmente em umpartido político de fato e o modelo de pequenos grupos de ativistas autônomos.