Efeitos na Saúde e no Ambiente
Os POPs são encontrados em todo o globo. Sendo agentes químicos semi-voláteis e insolúveis em água, são transportados a longas distncias. Esta volatilidade é maior no equador do que em climas moderados e frios, acabando por ser aprisionados nas regiões mais frias do planeta como os pólos e regiões montanhosas. Altos níveis destes poluentes já foram detectados em regiões árticas, locais onde nunca foram utilizados para quaisquer fins. Sendo hidrofóbicos, em ambientes aquáticos só se encontram dissolvidos em tecidos de seres vivos ou em matéria orgnica, onde atingem concentrações muito maiores do que no meio envolvente (moléculas apolares como os POPs só se solubilizam em compostos com propriedades semelhantes). A natureza persistente dos POPs é demonstrada pela baixa taxa de degradação no solo, especialmente em regiões frias. O tempo de meia-vida destes produtos está contabilizado em décadas. Uma outra propriedade destes compostos é a sua lipofilia, ou seja, solubilidade em tecidos adiposos, o que leva a acumulações na gordura corporal e fígado dos animais a eles expostos. Alguns destes compostos além de bio-acumular, têm tendência para bio-magnificar, ou seja aumentar a sua concentração ao longo das cadeias tróficas. [1][2][4]
Apesar de todos os POPs serem tóxicos para os humanos, a sua toxicidade varia sendo a endrina o mais tóxico enquanto que o heptacloro ou o hexaclorobenzeno não demonstram tanta toxicidade. Os primeiros indícios de toxicidade nos humanos foram observados nos anos 60. Desde aí já foram detectados muitos efeitos negativos, entre os quais: tumores, infertilidade, efeitos adversos nos rins e fígado, doenças cardiovasculares, mudanças comportamentais como fadiga, depressão, tremores, convulsões, etc [3].